XXXV

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23 de Dezembro

Leigh- Keisuke, vamos, filho.

Ouvi meu pai me chamar, afinal faltavam apenas duas horas para nosso voo para o Brasil.

Muitas coisas mudaram, coisas que eu pensei que jamais iriam mudar. Agora consigo chamar Leigh tranquilamente de pai, sem fazer esforço, minhas notas na escola estão excelentes, minha psiquiatra finge que se importa muito bem, realmente tomo remédios que fazem efeito, fazem 285 dias desde a última crise de Transtorno Explosivo Intermitente, meu pai terminou com a Kiara, me entendi com a Summer, fiz alguns piercings, uma tatuagem, Chifuyu e Aura voltaram, a criança da minha mãe nasceu e até hoje eu não sei nem se é menino ou menina e no meu aniversário de 17 anos meu pai simplesmente me deu a porra de Challenger Demon 170.

 Agora consigo chamar Leigh tranquilamente de pai, sem fazer esforço, minhas notas na escola estão excelentes, minha psiquiatra finge que se importa muito bem, realmente tomo remédios que fazem efeito, fazem 285 dias desde a última crise de Transt...

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Mas algumas coisas permaneceram iguais, como Lara e Mitsuya juntos e... Eu ainda querer [Nome] como queria quando tinha 10 anos... Aliás, o aniversário dela é daqui a 2 dias, vou passar o aniversário dela no Brasil, que é onde ela está, e não vou poder passar com ela, nem se quer desejar parabéns... Isso acaba comigo, mas tudo bem...

Leigh- Filho, vamos? — ele apareceu na porta do meu quarto para buscar minhas malas.

— Vamos... Vamos, sim...

Leigh- Sei que é difícil para você... Sei que você realmente gosta dela... Te entendo, porque foi parecido comigo... Mas você tem que seguir em frente, meu amor — ele se aproximou e me abraçou, aquele abraço apertado que só um pai é capaz de dar, um abraço que dá conforto e que eu poderia facilmente ficar aqui pelo resto da vida... Eu não queria, mas quando vi já estava com os olhos cheios d'água — sei que quer chorar, e você pode, eu estou aqui — apertei mais o abraço e chorei... A reação do meu pai foi acariciar minhas costas com uma mão e segurar minha cabeça, apoiando-a em seu ombro, com a outra... Eu nunca tive isso...

— Pai... — em lágrimas, eu disse, porém um pouco mais calmo.

Leigh- Estou ouvindo.

— Eu... Eu amo você — Por mais que já faça quase um ano que moro com ele, eu nunca havia dito isso...

Leigh- Eu também te amo, filho.

— Não podemos perder o voo... Melhor irmos... — Eu disse, secando o rosto e me afastando.

Seguimos para o aeroporto, eu não sei se estou exatamente pronto, mas tudo bem...

(Quebra de tempo)

O avião pousou. Descemos e fomos pegar as malas. Alguns minutos antes minha mãe ligou para Leigh, dizendo que estavam à nossa espera. Não demorou muito para eu ver Yakushi, Saikie, o bebê, Chifuyu e Mitsuya. Respirei fundo e fui até eles.

𝑴𝒚 𝑨𝒏𝒕𝒊-𝑺𝒖𝒊𝒄𝒊𝒅𝒆 -𝐾𝑒𝑖𝑠𝑢𝑘𝑒 𝐵𝑎𝑗𝑖ꨄ︎Onde histórias criam vida. Descubra agora