//CAPÍTULO 2: DUCAN WOLFF//💞

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Ela está lá, parada, encarando o amanhecer, seus cabelos ruivos chicoteando para todos os lados com a força do vento.

O cheiro de chocolate e nozes invadem meu nariz, demoro longos segundos para perceber que o cheiro vem do lado direito da cama, onde a ruiva deve ter deitado.

Meus olhos vagueiam por seu corpo coberto por um lençol, meu corpo queima, clamando pelo toque da pequena mulher.

Um pequeno movimento me faz erguer os olhos, prendo a respiração, ansiando por ver seu rosto...

- Ducan acorda _fala Felipe tocando meu ombro em ambos lados, dando uma leve sacudida.

Abro os olhos, lhe encarando um pouco confuso.

"Era um sonho."

Mas parecia tão real, a pequena mulher parecia tão viva, os sentimentos quase palpável.

Suspiro cansado, faz mais de um mês que o sonho começou, sempre que durmo, ela aparece, me atormentado com algo que nunca terei.

- Cara, você está bem? _pergunta Felipe preocupado.

Encaro seus olhos azuis, que sempre me transmitiram uma sensação de amizade, de irmandade. Ele sempre foi meu melhor amigo, a única pessoa em quem confio sem pestanejar, se tornou meu beta, meu braco direito. Agora os mesmos olhos azuis que sempre brilham com a felicidade e malícia, me encaram com preocupação.

- Estou bem _minha voz sai rouca devido ao sono, mais uma vez dormi no escritório, envolto de documentos_ somente peguei no sono.

- Cara, você precisa de férias ou talvez de mulher.

Sorrio negando, ele e seus comentários sobre mulheres.

- Você sabe que estas duas coisas estão fora de cogitação _resmungo me levantando_ será que Maria fez o café? Ou vamos precisar ir ao bar do Thomas?

- Ao bar do Thomas, Maria não dormiu de novo por causa do pequeno Bonno _responde também se levantando_ e Thomas quer falar com você, Carol ligou pedindo um favor.

Ergo a sombrancelha confuso:

- Carol ligou? Achei que ainda estivesse com ódio de mim.

Felipe gargalha abrindo a porta do escritório indo direto para o sofá da sala.

- Vá se arrumar Ducan.

Semicerro os olhos, encarando o mesmo confuso.

- Carol não te odeia, ela sabe que você não teve opção a não ser matar Jonny, ele pediu por aquilo e ela sabe _suspira sentando direito no sofá_ ela só foi embora por que não podia viver na casa em quem cresceu com o irmão, ele criou ela depois que seus pais morreram, ela só estava chateada pela burrice do irmão.

- Tem certeza que Carol não me odeia? Afinal, tive que matar sua única família de sangue.

- Ducan, cara, todos sabem que foi ele quem te atacou e ainda enquanto dormia, e Carolzinha sabe disso, na minha opinião, ela ficou envergonhada demais para continuar na alcatéia.

Suspiro passando a mão nos cabelos, Carol era só uma criança quando perdeu os pais, e respeitava Jonny por ter criado a irmã, por muitas vezes se arrependeu ter matado ele, mas Jonny não deu outra opção, quando não parou de atacar.

- Eu nunca culparia ela pelas atitudes do irmão, ninguém aqui faria isso, todos nós ficamos surpresos quando ele me atacou.

- Bom, isso é verdade, mas não tem como voltar atrás, vá se arrumar meu amigo, precisa comer _diz levantando indo para a cozinha_ precisa de força para a reunião com o concelho esta tarde, sabe como aqueles velhos podem ser chatos.

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⏰ Última atualização: Jul 20 ⏰

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