Jake.
Atordoante, não teria palavra melhor pra descrever isso.
Minha vida andava tão estressante, sem contar o fato de que minha namorada - ou talvez ex namorada - tinha acabado de terminar tudo.
Eu não sei como deveria me sentir, não me sentia deprimido. Me sentia confuso, minha cabeça estava uma bagunça.
Yuna continuava me encarando com pena pelo reflexo do espelho, enquanto eu esperava sentado em sua cama até que ela terminasse de ajeitar a sua franja, que parecia não ficar quieta de jeito nenhum.
- Para de me olhar assim, já disse que tá tudo bem. Emilly era uma vagabunda. - Digo suspirando, Yuna se preocupava demais.
Ela apenas virou os lábios como se não acreditasse, assim finalmente terminando de se arrumar.
- Você não precisa mentir pra mim jayjay, eu te conheço e sei bem a dor de um termino. - Eu me levantei, apenas ouvindo oque ela dizia.
[...]
O chalé em destino duvidoso já estava lotado, Yuna tinha me dito que era uma festa entre amigos. Fala sério, quem tem tantos amigos assim?
Entramos no local, que era de frente com uma floresta escura e profunda. O vento era frio e agressivo, me arrepiava diversas vezes.
- Se divirta ok? - Yuna grita, logo se afastando de mim.
Eu nem tive tempo de responder, a mesma já havia mergulhado na multidão imensa.
-Que ótima vista. Adolescentes se engolindo na minha frente, deveria ser eu e minha namorada, mas opa, eu não tenho uma. Obrigado Yuna, me ajudou muito.
Me aproximo da mesa de bebidas, algumas garrafas de bebidas pela metade não deixaram de me atrair. Pego uma das garrafas na mão, sem nem ler o nome e viro num gole longo e rápido até minha garganta.
eu acho que repeti a ação mais vezes do que deveria.
[...]
Minha vista totalmente turva, estava sufocando ali dentro. Saio de dentro do chalé, em direção a alguns passos mais próximos a floresta, precisava de ar.
Não era suficiente, não tinha ar suficiente ali. Continuei andando e quando vi, estava no meio da floresta.
Por fim me sento encostado em uma árvore, já estava tudo fudido de qualquer forma.
Um barulho na folhagem atraiu minha atenção e no mesmo instante o clima pesou. Tudo parecia estar em silêncio. Meu corpo estava tendo reações estranhas, minha calça se encontrava apertada, quando foi que eu fiquei duro?
Abro o botão da calça, não tem ninguém aqui mesmo.
- Está perdido? - Um sussurro me faz arfar de susto, sua voz era grave e indecifrável.
Minha respiração estava incontrolável.
Sua língua tocou meu pescoço, estava tão molhada e quente. Suas mãos deslizaram um pouco sobre o espaço aberto da minha calça. Suas mãos não eram humanas, eram escuras e grandes. Eu não estava entendendo, meu pau que antes duro, agora estava escorrendo excessivamente.
Estava ficando zonzo, meus lábios involuntariamente soltavam sons altos, qualquer um poderia ouvir.
Quando consegui me mexer, toquei suas mãos, mas elas desapareceram como fumaça. Eu não vi mais nada, eu apaguei.
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