16

254 19 6
                                    

| LUNA |

3 meses depois...

Subo o morro e comprimento dona Maria que estava na porta da sua casa. Olívia resmunga do meu lado reclamando do tanto de sacola que estava carregando.

— to me sentindo boi de carga. - se encosta no muro respirando ofegante.

— Não to muito diferente não amore. - sorrio ajeitando as sacolas. — bora logo já estamos chegando já.

— Te falei pra gente pedir os meninos carona, subir esse morro com um sol desse é
loucura. - volta a andar do meu lado.

Bom, nesses três meses minha vida deu uma mudada. Meu pai não comentou nada sobre o ocorrido com Hugo, ignorou completamente a situação. Agora ele só conversa o básico comigo, pelo menos ficou mais " liberal" em questão deu ficar saindo, mas só dentro do morro mesmo. Quando preciso ir na pista, ele manda uns cinco vapores comigo.

Grego me tirou da contabilidade da boca, Olívia resolveu abrir uma lojinha de roupa e me chamou pra trabalhar com ela. Aceitei, precisava focar minhas energias em novas coisas.

Alguns dias depois que fui resgatada entrei em contato com coimbra, ele estava super seco comigo, mal quis saber de mim na real...
Não entendi no início, tentei me encontrar com ele mas não rolou. Meio que ele me evitava ao máximo. É isso durou por semanas.

Cansei de ser tratada com desdém, também não entendia o porquê disso acontecer. Pedi pra conversamos sobre nós, falei pra ele que não estava confortável e não entendia o por que dele estar tão diferente.

Ele não se explicou... apenas falou que era melhor acabar com tudo.

Hoje se faz dois meses que não estamos juntos, confesso que no início sofri igual cachorra.

Mas se a pessoa não faz questão da outra, não adianta se humilhar em algo que se tornou fútil.

— amiga, toma conta da loja rapidinho? - faz bico. — vou ir lá em cima comprar um açaí, to derretendo aqui.

— vai lá bonita, e traz um pra mim viu. - grito vendo ela sair e me lançar um joinha.

Termino de colocar alguns vestidos e blusas no cabide e vejo PK entrando na loja ajeitando o fuzil nas costas.

— fala ae novinha. - sorri. — vem sempre por aqui ?

— para de ser idiota PK. - solto uma risada indo pro caixa.

— qual foi po, é assim que tu trata os
cliente? - cruza os braço me encarando.

— aiai, o que tu quer em? - vou até o provador arrumando a cortina.

— nada, vim te ver só. - vem até mim encostando na parede. — tava ali de marola, tive a ideia de achar alguém pra encher o saco. - abre um sorriso.

— Que sorte a minha. - ponho a mão no peito rindo. — vou é colocar tu pra varrer aqui bobo.

— Que mane varrer Luna, respeita bandido. - me da um tapa na testa. — Lerdona.

— seu cabeça de rinoceronte, doeu. - passo a mão na testa. — me estressou já. - passo por ele beliscando seu braço.

Escuto ele resmungar e me puxar pelo braço, me encostando na parede. Começo a ri da cara dele.

— Engraçadinha você né. - faz cosquinha na minha costela me fazendo rir mais.

— sai seu chato. - empurro ele de leve rindo.

Ele riu e se afastou um pouco me encarando, colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Sorri pra ele que retribuiu pousando uma mão na minha cintura, vi duas mulheres entrarem na loja e sai de perto dele rápido indo atende las.

Me aproximei bastante do PK nesses últimas semanas, nos encontrávamos bastante em pagodes ou churrascos. E por ele ter sido um dos que me resgatou, mostrou bastante preocupação no início tentando me animar. Gosto da companhia dele, me faz rir muito.

Ele já tentou me beijar uma vez mas avisei que terminei recente, e amo o Coimbra ainda. Não quero me envolver com ninguém por agora e já deixei bem claro, prefiro focar mais em mim.

Sem cabeça pra mais homens na minha vida.

Enquanto eu terminava de atender as mulheres, Olívia chegou com meu açaí e cumprimentou PK.

— deixa que eu termino Lu. - concordei pegando meu açaí e Olívia sorrir cumprimentando elas.

Vou pro caixa vendo PK sentado na outra cadeira girando de um lado pro outro parecendo criança.

— bagulinho doído fi. - para de girar rindo.

— tá igual criança aí. - abro meu açaí. — quer ?

— sai fora, negócio tem mo gosto de terra. - faz careta. - sou mais um sorvetinho pa.

— Seu rabo, açaí é perfeito. - ponho uma colherada na boca. — bom que sobra.

Ele ri negando e o radinho apita, com alguém chamando ele.

— Tenho que voltar pra boca Luninha. - se levanta. — foi bom te estressar. - abre um sorrisinho.

— besta. - reviro os olhos.

— Depois nois se tromba, fé pra tu. - beija minha testa.

Dou tchau pra ele e continuo devorando meu açaí, que negocinho bom, meu Deus.

————————————————————————

| NOTA |

Cliquem na estrela! ⭐️
Aiai esse coimbra, fica esperto não pra ver, PK tá na área kkkkk 🫢
Comentem seus feedbacks 🫶🏽

*não revisado*

Beijo da cindy 💋

Até o próximo...

PARA SEMPRE NÓS Onde histórias criam vida. Descubra agora