Após uma temporada excepcional, João Neves recebe uma oferta irrecusável do Paris Saint-Germain, um dos maiores clubes de futebol da Europa.
Apesar da alegria pela grande oportunidade profissional, João enfrenta um dilema pessoal: teria de deixar o...
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Inês Ramos
Saí da universidade com a Carolina e respirámos fundo juntamente ao perceber que as férias começaram oficialmente — isto é, se não tivermos nega na frequência final.
— Correu-te bem? - perguntou-me já a pegar no telemóvel para provavelmente avisar o António de que já saímos.
Se me correu bem? Gostava de dizer que sim, mas foi mais ou menos. Ultimamente tenho andado com muitas coisas na cabeça, e uma delas é a possibilidade do João ter de sair de Portugal e termos de namorar à distância. Conversámos sobre isso no outro dia, mas parece que não esclarecemos muito o assunto.
Não sei se ele quer aceitar, ou se não quer.
— Mhm. - menti ao concordar com um som bocal. — E a ti?
— Razoável. - sorriu e levou o iPhone ao ouvido. — Estou, amor? Já estamos aqui fora.
Enquanto avisava o seu namorado, eu dava scroll pelo Insta. De repente deparei-me com uma publicação da Klara e arregalei os olhos ao perceber do que se tratava.
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— Mentira! - larguei um berro e a Carolina assustou-se. — Carolina d'Oliveira, olha quem tá a namorar!
Rapidamente lhe viro o ecrã e a morena abre a boca num perfeito O, em choque.
— Essa loira oxigenada vagabunda conseguiu arranjar alguém? - a rapariga brincou. — Olha, ao menos agora sabes que já não se vai meter entre ti e o Neves.
— Ai, duvido muito! - rimo-nos as duas. A Klara seria capaz de qualquer coisa para estar com o João, e sobretudo para me ver mal. Graças a Deus voltou para a Alemanha e não me vai chatear mais! — Já estão caminho? - referia-me ao João e ao António. Combinámos de ir à praia assim que estivéssemos livres da universidade.
— Sim, quase quase a chegar. - a Carol assentiu e, com isso, sentei-me no banco ao nosso lado e conectei os airpods ao telemóvel para ouvir algumas músicas de verão, sabem, para entrar na vibe.
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— Ei, Inês, eles tão ali. - ouvi-a chamar-me de forma meio abafada devido à música, mas senti-a tocar-me no ombro. Tirei os fones dos ouvidos e guardei-os no bolso, levantei-me e segui-a até ao carro do António.
