Kevin, um garoto italiano de 19 anos.
Kiara, uma garota russa de 17 anos.
Eles são melhores amigos a 5 anos.
Ela tendo uma paixão discreta por ele.
Ele sendo protetor do tipo, ninguém a toca além de mim e dos seus irmãos.
E sendo "obcecado" por...
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Ser a filha caçula é difícil, sou mimada demais, não que isso seja ruim, mas as vezes eu acho cansativo.
E o fato que eu sou a única filha mulher também encadeia para que todos sejam cuidadosos comigo, meus irmãos não me deixam sair além de ir para a escola, não me deixam ter amigos e mal tenho vontade de sair de casa por conta deles.
Meus pais tem muita influência aqui em Hudson, pra falar a verdade odeio morar aqui. Sempre tem alguém em cima da nossa família querendo saber tudo sobre nós.
Mas, isso até os meus doze anos era suportável até o Kevin aparecer na minha vida.
Ele é um amigo maravilhoso, meus pais adoram dele. Porém, o jeito que ele se comporta em muitos momentos me dá um certo medo.
Seu jeito é dez vezes pior que o jeito dos meus irmãos, ele é extremamente possessivo quando o assunto é que alguém chegue perto de mim.
Ele já arrebentou a cara de muitos garotos que apenas me olharam ou fizeram um comentário desnecessário.
Muitas vezes eu tenho medo que ele faça algo comigo, mas ele me garantiu que nunca me machucaria e nisso eu acredito.
E lembrando dele, faz mais de dois dias que eu não o vejo. A última vez foi na sexta-feira quando ele me deixou na porta de casa. Depois disso ele falou que tinha algo importante para fazer e não apareceu mais aqui em casa.
No começo eu morria de preocupação, ligava inúmeras vezes e ficava noites acordada esperando que ele me retornasse.
Até que ele me explicou e disse que fazia parte do trabalho dele, não sei o que ele faz, porém ele disse que eu não iria querer saber. Mesmo assim eu fico preocupada, muitas vezes ele chega machucado demais.
Meus pais também morrem de preocupação, as vezes eu tenho a impressão de que a minha mãe gosta mais do Kevin, do que de mim.
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Desço as escadas rápido para tomar o meu café, pelo visto o papai já saiu para trabalhar. Assim que chego na sala de jantar me deparo com o Kevin, sentando a mesa junto com a minha mãe.
Me sinto feliz e corro até eles sorrindo.
— Bom dia mãe. — dou um beijo rápido nela.
— Bom dia, filha.
O Kevin levanta da cadeira e abre os braços em minha direção, o abraço com força sentindo o calor de seu corpo.
— Onde você estava!? — pergunto ao me separar dele.
Percebo que há um pequeno corte na lateral direita da sobrancelha dele. Pisco algumas vezes vendo um roxo em seu olho.
