O Guerreiro Supremo do Império Obscuro

Capítulo 10: A vida de um protagonista.

Capítulo narrado inteiramente pela perspectiva do Jungkook, talvez não agrade a todos, porque é diferente dos outros capítulos.

Desculpem a demora desta humilde autora.

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A luz suave da manhã filtrava-se pelas grandes janelas ornamentadas do templo, tocando os pisos de madeira polida e revelando um novo dia. Mais um dia se iniciava na amplitude deste universo, um tanto limitado.

Os servos se apressavam para servir o desjejum, meus discípulos em breve apareceriam famintos.

Eu, o herdeiro do trono e filho do falecido imperador com a grande Deusa, encontrava-me em um momento de introspecção, refletindo sobre a minha jornada até agora e os sentimentos inesperados que haviam florescido dentro de mim.

Desde pequeno, fui preparado para ser um futuro imperador justo e forte, alguém que meu pai e minha mãe, se orgulhariam.

Meu propósito sempre foi claro: liderar nosso povo com sabedoria e compaixão, protegendo-os das adversidades e garantindo a prosperidade do Império.

Mas, como qualquer ser vivente, eu tinha minhas imperfeições, aquelas que ninguém conseguia ver sob a fachada de príncipe perfeito, o protetor invencível, o Guardião das Trevas.

A pressão de ser o herdeiro do trono muitas vezes me fazia questionar minhas próprias habilidades e a imagem que os outros tinham de mim. Eu preciso ser alguém forte o tempo todo.

Cada decisão, cada movimento, era cuidadosamente avaliado não apenas pelos olhos do meu povo, mas também pelo legado dos meus pais.

E, no meio de tudo isso, eu ansiava por algo mais – algo que desse sentido à minha existência além do dever imperial, além de cada missão estúpida que tenho que enfrentar diariamente, às vezes sem sentido.

Missões essas que fazem sentir dentro de um paradoxo infinito, tudo é um saco, sinto-me sufocado e preso dentro... dentro de algo.

Foi então que alguém entrou na minha vida.

Um pequeno discípulo caiu nas minhas mãos, com sua presença suave e nada silenciosa, tornou-se um ponto de luz em minha jornada solitária.

Apesar de ter outros discípulos, Jimin parece ser o único que foge do paradoxo que estou preso.

Desde o primeiro momento em que o vi, senti uma conexão inexplicável, algo que ia além do simples relacionamento mestre-discípulo, ele sempre foi o mais chamativo, sendo o pior e o melhor ao mesmo tempo.

Ele era diferente de qualquer pessoa que eu já havia conhecido, tanto como aparência, quanto como personalidade.

Sua dedicação e bondade genuína cativaram meu coração de uma maneira que eu não esperava.

À medida em que nosso relacionamento se desenvolvia, percebi que meus sentimentos por ele são profundos e verdadeiros, algo que não consegui sentir por nenhuma, das muitas donzelas, no qual me deitei por uma noite.

Cada sorriso tímido do pequeno discípulo, cada olhar de admiração, fazia meu coração bater mais forte.

E naquela noite na sauna, quando finalmente compartilhei meus sentimentos com ele, senti que um peso havia sido tirado dos meus ombros.

Foi como se, pela primeira vez, eu pudesse ser verdadeiramente eu mesmo, fazer o que me faria bem, fora de um contexto, fora de uma programação.

Jimin trouxe uma nova cor à minha vida, um sentido que eu nunca havia experimentado antes.