Máscaras caindo - Deuses reagem ao futuro

A verdade.

— Senhores, peço atenção especial para essa parte — disse Ahutis, sorrindo enquanto cruzava as pernas em posição de Borboleta e suas mãos brilhavam ao ligar o telão.

No telão, a arena do Ragnarok aparecia com uma atmosfera pesada, mostrando que os lutadores não eram seres comuns. De um lado, surgia Hades, o deus do Submundo, com uma expressão séria e determinada, pronto para vingar seu precioso irmão. Do outro lado, Qin Shi Huang surgia, seu sorriso revelando que aquela luta seria tanto divertida quanto o último passo para se tornar "O" imperador.

— Parece que realmente vamos lutar. Desejo-lhe sorte, afinal, darei tudo de mim. — disse o imperador dos humanos, sorrindo enquanto passava a mão com suas "unhas" metálicas pelo próprio rosto.

— Algo me diz que nossa luta será única. Mostre-me o que tem, querido imperador — respondeu Hades, olhando para Qin com um sorriso que misturava consideração e fascinação.

— Porém, não me permitirei perder. Vencerei pelo meu irmão — falou Hades seriamente, deixando claro que não aceitaria a derrota. Aquele humano despertava sua curiosidade, mas isso não interferiria em seus planos. Seus irmãos vinham em primeiro lugar.

— Isso é bom. Também não aceitarei a derrota — finalizou Qin Shi Huang, encerrando a conversa enquanto o vídeo continuava.

A cena muda para uma bela mulher com longos cabelos ruivos, revelando-se Perséfone, esposa de Hades e rainha do submundo. Hades assistia ao vídeo com uma expressão séria, tentando entender por que ela estava sendo mostrada. Ele suspeitava que Perséfone tivesse alguma ligação com o que estava por vir e com vídeo passado anteriormente.

Perséfone aparentava preocupação, mas não pelo resultado da luta, pois confiava na força de Hades. Sua preocupação era voltada para o adversário de seu marido. "Maldito humano", murmurava ela, com raiva crescente. "Maldito, maldito..." Ela serenou sua expressão, convencida de que ele não lembrava de algo importante. Sem perceber, alguém atrás das colunas ouvia suas palavras. Era Hermes, o deus dos ladrões.

— Hermes parece saber de algo — murmurou Poseidon para Sasaki, não por confiar nele, mas pela necessidade de compartilhar suas suspeitas. O Deus dos Mares olhava para seu irmão mais velho, procurando por alguma expressão ou emoção. Ele percebia a tensão; Hades amava aquela mulher, mas esse amor esfriara ao longo das décadas, em parte pelo verdadeiro caráter de Perséfone.

Tesla observava tudo, inicialmente relutante em expressar suas opiniões, mesmo sendo de natureza contestadora e discursiva. Mas algo o incomodava.

— Com licença — disse Tesla, atraindo todos os olhares. Ele engoliu seco, não acostumado com tanta atenção, mas confiante em suas ideias. — Já notaram como o deus... — apontou para Belzebu — é quase uma fusão perfeita deles? — indicou os imperadores sentados próximos.

Belzebu olhou para o humano com desdém, achando sua ideia estúpida. Adamas riu, achando a teoria idiota, enquanto Poseidon olhava Tesla com mais interesse, suas dúvidas crescendo.

— Sempre notei isso. Belzebu lembra Hades. Mas, ao ver esse humano, noto ainda mais as semelhanças entre ambos — comentou Poseidon.

O silêncio dominou a sala, e Tesla sentiu-se satisfeito por alguém pensar como ele. Hades parecia tenso, suas mãos apertando os braços do trono. — Seria possível? — murmurou ele.

Poseidon olhou para Hades, encarando seus olhos, algo raro entre eles. — Há algum tempo, tenho dúvidas sobre um acontecimento — disse Poseidon, olhando em seguida para seu filho. Giyuu sabia sobre o que se tratava, ouvira histórias sobre isso.

— Suas dúvidas estão certas, pai — sussurrou Giyuu, incentivando Poseidon a expressar suas suspeitas. O Deus parecia surpreso; seu “peixinho” sabia o que estava acontecendo. Poseidon agora com mais certeza continuou: — Há alguns séculos, você desapareceu por muito tempo, deixando suas responsabilidades de lado. — Zeus, atento, lembrava disso, embora não tivesse dado muita importância na época.