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- pronto, a minha mãe já veio buscar o Shoyo para ele dormir na casa dela - Keiji se sentou na cama ao lado do esposo que estava encolhido na cama do casal desde que tinha chego em casa - agora vem cá meu amor - o puxou para um abraço quentinho tentando confortar o platinado choroso em seu aperto - pode me falar o que está acontecendo contigo.
- é que.. Kaashi.. - um suspiro escapou por seus lábios, mesmo após tantos anos de casados ainda não havia perdido a mania de o chamar daquela forma - eu estive pensando no nosso casamento.
- sim, continue - o platinado se afastou tentando secar as lágrimas antes de ficar de pé ao lado na cama, parecia tentar manter uma pose séria mesmo que as lágrimas não parassem de molhar as suas bochechas.
- eu.. estive pensando e.. talvez a nossa rotina esteja muito monótona.
- você nem sabe o que significa monótona, e se esse é o caso nós podemos sair para jantar, caso queira.
- não é disso que eu estou falando Kaashi.. o que eu quero dizer é que.. talvez esteja faltando um pouco de emoção na nossa vida..
- nós temos uma criança de nove anos, quer mais emoção que isso? Por mais que a ideia de mais crianças me agrade eu não tenho certeza se devemos ter mais agora, mas podemos conversar sobre isso mais para frente.
- vamos abrir o nossos casamento! - dessa vez foi firme o encarando nos olhos.
- Koutaro.. você vai se sentar nessa cama e repetir o que você acabou-
- nós vamos abrir o nosso casamento! - dessa vez a sua voz tremeu, a garganta queria fechar ao mesmo tempo que sentia vontade de colocar todo o seu jantar para fora.
- eu vou abrir a sua cara! Isso sim. - a respiração do menor já estava ofegante quando ele se sentou na cama, o peito apertado e uma mistura de raiva, confusão e tristeza que tomavam conta do seu ser.
- eu estou falando sério Keiji, nós estamos caindo na monotonia e essa repetição todos os dias em algum momento vai te cansar, eu não quero que se separe de mim então caso você queira ter.. novas experiências com outras pessoas, você pode. Apenas peço para que não me conte quando, onde ou o quê vai fazer com essas pessoas.. eu não quero te perder - aquilo pareceu acalmar o moreno.
Já havia escutado inúmeros casos de términos de relacionamento justamente pela tentativa falha de "abrir o relacionamento" normalmente nesses casos quem propunha já tinha outro alguém em mente.
Aparentemente não era o que acontecia ali.
- você vai sentar bem aqui e me dizer de onde tirou essa ideia estúpida!
- não é estúpida Kaashi, eu estou pensando no melhor para o nosso casamento! - mesmo que insistisse naquilo a sua expressão demonstrava outra coisa, as bochechas quentes de tanto chorar, os olhos cheios de lágrimas e a bile querendo subir na garganta.
