11 de janeiro de 1998
Michael: Cuidado pra não deixar essa caixa cair, é um vaso de vidro. – meu pai falava com Bárbara enquanto eu estacionava o meu carro perto do dele. – Que bom que chegou! Agora vem ajudar!
Desço do carro e olho para a casa enorme que me encarava de volta. Tínhamos acabado de chegar em Woodsboro por causa do trabalho do meu pai, ele havia sido transferido para uma filial que abriu aqui na cidade. Seu chefe achou que seria bom que ele viesse pra cá e como somos todos unidos bonitinhos, to enfiada nessa porra também.
Maravilha.
Bárbara: Tay! – a vejo segurando uma caixa do tamanho do seu braço e sua cara de desespero – Me socorre! – ela tava mesmo em desespero.
Seu cabelo loiro brilhava contra a luz do sol e seu cabelo voava com o vento que batia contra nós.
Chego perto dela e divido o peso da caixa em meus braços para levarmos para dentro.
Bárbara: Por que parece que você ta quase tendo um colapso?
Taylor: Talvez porque eu esteja tendo um.
Bárbara: Tudo bem, entendo que você não queria se mudar, eu também não queria, mas as vezes isso pode ser ótimo pra gente!
Taylor: Não me entenda mal, eu ficaria de boa com a gente se mudando de rua ou de bairro, não de cidade. Não conheço literalmente nada e nem ninguém aqui.
Daniel: Para de se fazer de coitada, tem gente que se muda de país e sozinho. Você pelo menos ta com a família – Dani era meu irmão e fazia faculdade em outro estado, não era comum vê-lo com a gente mas dessa vez ele estava aqui pra nos ajudar com a mudança. – Vou ficar ocupado com o pai o dia todo, então vocês vão precisar ir na escola pra resolver suas coisinhas.
Taylor: Não to me fazendo de coitada, seu cavalo, acabei de perder minha casa, minha escola e todos os meus amigos. Não tenho o direito de estar minimamente chateada?! Você ficou quando se mudou. – colocamos o vaso no chão e eu encaro Daniel.
Daniel: Seus amigos não morreram, Tay.
Taylor: Mas também não estão mais aqui.
Bárbara: Você sabe dirigir, no final de semana é só ir até eles. Tenho certeza que a Normani consegue sobreviver uma semana sem você do lado.
Sai da casa para voltar ao caminhão de mudança e encaro a casa da frente. Haviam flores e fotos espalhados pelo gramado. Facas enfiadas na grama e fitas policiais rodeavam a casa. As janelas estavam quebradas e o ar sombrio pairava por lá.
Bárbara: Tudo aconteceu aqui, não foi? – coloco meu óculos escuros como uma tiara e me abraço, sentindo arrepios ao olhar tempo demais para a casa dos assassinatos.
Taylor: Vamos mesmo morar na frente da casa do pai maluco?
Daniel: Ainda bem que eu moro em outro estado. Não queria mesmo estar na pele de vocês.
Bárbara: Quais eram os nomes deles mesmo?
Taylor: Neil Prescott, o pai que enlouqueceu perto do aniversário de morte da esposa e Sidney Prescott, a filha que foi uma das vítimas do ataque. Ele enlouqueceu porque Cotton Weary tinha matado a esposa exatamente um ano antes e depois Neil saiu estripando várias pessoas pela cidade. Cotton foi sentenciado a pena de morte por mais que alegasse ser inocente, não tinha nenhuma prova de que ele fosse, já que todas apontavam pro contrário. Foi um completo banho de sangue pela cidade.
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My Billy - Billy Loomis
HorrorTodos sabemos o que acontece com Sidney Prescott e seu namorado psicopata, mas e se o plano de Billy Loomis e Stuart Macher realmente tivesse funcionado? Agora se me permitem perguntar... Qual é o seu filme de terror preferido? - História inspirada...