fourteen - silent farewell

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ARES

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ARES

no mesmo dia...

Quando pensamos na morte, lembramos de algo que vai nos trazer paz depois de viver em um mundo confuso e complicado, mas depois de hoje. Eu via ela como algo sem definição. Como algum ser poderoso poderia tirar a vida de alguém tão inocente? Tão... inofensivo.

Ver Madison caída em meus braços e sem vida foi algo desesperador. A cidade inteira, que antes vinha para ver o final da temporada mais épica de Seattle, acabou recebendo o silêncio de todos esperando alguma reação de Madison enquanto tentava ser salva pelos paramédicos.

Aquele gramado, aquelas arquibancadas. Eu nunca vi elas tão silenciosas.

A morte havia me levado. Mas, talvez poderia ser cedo demais. Escutar os batimentos cardíacos da minha princesa, me fez ter emoção e tirar um alívio das minhas costas.

Seus olhos, aqueles que transmitiam uma paz para mim em meio a tanta confusão. Estavam fechados e sem vida. O calor do seu corpo não estava mais presente. Só havia um corpo frio e uma respiração fraca sendo levada pela maca da ambulância.

Eu nunca me senti tão sozinho em toda a minha vida, parecia que metade de mim estava naquela ambulância.

- VOCÊ! - Apolo vem andando até mim em passos largos, sua feição não era das melhores, seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar - VOCÊ SABE DE ALGUMA COISA! - ele me empurra fazendo eu dar leves passos para trás, eu apenas deixava ele descontar sua dor em mim. Afinal, eu era o culpado né?

- Eu não sei de nada - eu encarava meus pés vestidos com o sapato do uniforme. Apolo estava pior do que eu.

- ENTÃO ME DIZ, ME DIZ COMO ELA CHEGOU AQUI DESSE JEITO? ME FALA! - ele me empurrava cada vez mais, eu não fazia nada.

- eu não sei.

- VOCÊ SABE! MINHA MELHOR AMIGA, EU QUASE VI MINHA MELHOR AMIGA MORRER, VOCÊ NÃO SABE COMO ISSO É DESESPERADOR - Apolo diz isso caindo em um choro profundo na frente de todo mundo.

Ver ele sofrendo daquele jeito me doeu, principalmente pelo fato de ser eu o culpado. Se eu quisesse Madison para mim, eu faria meu irmão sofrer.

Tudo que eu faço é chegar até ele, em um gesto passivo eu o abraço deixando ele se acabar em meu ombro. Apolo ainda era um menino, dava para ver todo seu amor que ele tinha na nossa menina.

- Me desculpa... - ouço sussurrar - Eu só não consigo entender, quem fez isso com ela? - eu sabia quem era, e essa pessoa vai ter que desejar a morte até para o demônio quando eu vê-lo. Só podia ser essa única pessoa.

- Está tudo bem.

Abraçados em um momento acolhedor, ouço alguém chamar nossa atenção com uma tosse falsa.

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⏰ Última atualização: Jul 27 ⏰

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