Prólogo

2 0 0
                                    

--Vovô, posso te fazer uma pergunta? -- Meu neto, Jihoon me pergunta com aqueles olhinhos do tamanho de uma jabuticaba, pedindo como se fosse uma suplica para que eu aceitasse e lhe respondesse, esse rapaizinho puxou totalmente a minha filha, Yoo-na minha bonequinha que me agraciou com esse lindo e forte menino como meu neto.

-- Um segundo meu dengo, vovô já te dá atenção, um segundo. -- Volto para a pia e começo a enxaguar o restante da louça do almoço.

hoje teve uma grande almoço em família, eu minha esposa e nosso três filhos, trouxeram meus netinhos, Jihoon filho de  Yoo-na minha caçula, os gêmeos Donghyun e Sunwoo filhos de Taehyun meu filho do meio e Mirae filha de areum minha mais velha, gosto de fazer esses eventos, ter minha família por perto é aconchegante, ver meus netos correndo pela minha casa enquanto meus filhos se juntam a mim e minha esposa para fazermos a comida. Minha esposa Hyun-jo, foi um anjo na minha vida, depois de tudo o que passei, ela foi como a luz no fim do túnel e as cores da minha vida, quando pensei que havia perdido tudo... mesmo tendo perdido tanto. 

Perdido algo que nunca mais pude reconquistar... não um algo mais sim, um alguém.

assim que termino de lavar a louça volto toda a minha atenção ao meu neto, Jihoon é um rapaizinho muito esperto, mesmo com apenas 6 anos, já sabe o que gosta de fazer, é a cara da mãe, cabelos pretos e o famoso corte ''tijelinha'' que eu particulamente acho lindo, bochechas rechonchudas e olhos grandes e curiosos, sempre querendo saber mais da vida, sempre com um ''Porquê?'' na ponta da língua, sem contar que sempre se metendo em aventuras e sem ter medo de fazer o que quer fazer, o admiro, meus netos são o que me dá gás para levantar todos os dias e ainda persistir, um motivo para ainda continuar vivo.

-- Bom querido, o vovô é todo seu, pode perguntar.-- digo me sentando em um dos bancos perto da bancada na cozinha, de frente para o mesmo que se ajeita no banco, parecendo meio nervoso e ansioso.

-- Vovô, co-como é amar alguém? -- Ele me pergunta com aquele ar de ansiedade e curiosade.

--Como assim querido, em qual sentido?-- Pergunto meio confuso, existe várias formas de amor, amo de mãe, de pai, imãos, entre amigo e o amoroso, o ato de amar um novo alguém, quero saber o que ele realmente quer saber de fato.

-- Amar vovô, assim, eu sei que eu amo a minha mamãe, assim como amo o senhor e a vovô, mais eu ainda estou confuso, têm uma coleguinha da minha turma que me deixa muito entranho quando a vejo.-- Ele olha pra mim e baixa a cabeça com o rostinho corado pela vergonha. 

-- Kim Jihoon está apaixonadinho então?-- Digo fazendo gracinha para o mesmo, vendo-o se escorar na bancada a minha frente escondendo parte do rosto no ante-braço e olhando para mim com um sorrisinho envergonhado no rosto.

-- Sério vô, eu me sinto tão bobinho perto dela, ela sorri bonito e me trata sempre com muita educação, eu sinto sensações em minha barriguinha, e não consigo me mexer quando ela está por perto...isso seria amor vovô Jimin?-- O mesmo me pergunta, agora se ajeitando na cadeira e aguardando minha resposta.

-- Bom Cielo, eu acho que você está apaixonadinho.

--Apaixonadinho vovô Jiji?

--Sim querido, apaixonadinho.

o mesmo me olha reflexivo e com um sorrisinho bobo no rosto e é nesses momentos que percebo como o tempo passa rápido e não espera por ninguém, a 25 anos atrás eu segurava a mãe do mesmo no colo e hoje, vejo sua mini-cópia sentadinho em minha frente, me perguntando o que é o amor, amor... meu amor, até hoje eu vivo no acaso, de te ver chegando, mesmo sabendo que você nunca mais virá.

--O senhor já amou alguém assim também? 

-- O que disse cielo?

-- O senhor já amou alguém assim, como eu amo a Yuna vovô jiji?

-- Então o nome da garotinha é Yuna hmm?--Vejo o mesmo sorrir todo corado novamente e assentir, mais logo entro em devaneio, como eu irei responder isso? como direi ao meu neto que quem me ensinou o que era o amor, é a pessoa que têm meu coração até hoje, que me têm de corpo, coração e alma, mesmo depois de anos no qual eu pertenço até hoje, que eu me afogo ardentemente em memórias até hoje, esse no qual meu coração palpita até hoje só em ouvir o nome... que ele me têm até hoje.-- Sim cielo, eu já amei alguém assim. 

-- É a vovó?

E agora, o que eu falo? como eu explico ao meu neto que, o meu amor não é ela e nunca foi, meu relacionamento com a Hyun-jo foi unilateral, mesmo eu dizendo e deixando claro para ela que, meu coração infelizmente nunca seria verdadeiramente seu, e ela sabe disso e mesmo assim, escolheu fica, como eu explico a ele que o homem que eu amo, não voltará mais e não a o que eu possa fazer co-

--Jihoon?-- E como se estivesse adivinhado, Hyun-jo entra pela porta em busca do mesmo, que assim que a vê corre em sua direção, esquecendo por um momento que me fez uma pergunta e que estavamos conversando sobre algo, e agradeço internamente por isso, pois eu não saberia o que dizer.

--Olá vovó, estou indo.-- Antes que complete seu caminho até sua avó, o mesmo para no meio do caminho, dando meia volta e vindo correndo e minha direção parando em minha frente e em um pedido silencioso com as mãos para que eu me abaixasse até sua altura, sussurrando em meu ouvido um ''Eu te amo vovô jiji'' e em seguida correndo em para Hyun-jo novamente, pegando na mão da mesma e ambos saindo da cozinha.

Sozinho no recinto, me deixo divagar novamente e voltar ao passado, relembrando as memórias, entretanto sentindo o amargo da saudade e a dor da perda... mais uma vez.

        Bom, olá tudo bem? é a minha primeira fic, então perdoem pelos erros e espero que gostem, curtam e comentem bastante, beijos e até a próxima.

About you, my loveOnde histórias criam vida. Descubra agora