𝐃𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑𝐎𝐔𝐒 | Assim que VIVIANNE LESCHERES nasceu, sua natureza tanto loba quanto bruxa se tornou evidente, deixando claro o papel grandioso que ela teria ao crescer. Durante toda sua vida, a tranquilidade havia reinado em sua vida e em toda...
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𝐈. 𝐎 𝐂𝐎𝐍𝐕𝐈𝐓𝐄.
— NEW ORLEANS, 1722
Faziam dois meses desde que eles haviam desembarcado na pequena colônia de Nova Orleans, fugindo de seu terrível pai que os caçava incessantemente ao longo dos séculos. Os originais não sabiam o que os aguardava quando pisaram nas terras pantanosas do Bayou pela primeira vez.
Assim que se encontraram em terra firme era como se pudessem sentir, quase como um pressentimento sobre aquele lugar, era poderoso. Aquele sim, era um lugar poderoso. Por alguns momentos eles chegaram a cogitar que talvez pudessem triunfar ali, Nova Orleans poderia se tornar o novo lar deles, permanente desta vez. Mas seus sonhos logo foram destroçados ao conhecerem os locais, que para a surpresa dos vampiros originais, constituíam em sua maioria de sobrenaturais. Os lobos e as bruxas dominavam a cidade, eram seus líderes quem ditavam as regras ali e eles não haviam gostado nem um pouco da presença de vampiros habitando o mesmo ambiente que eles.
As bruxas não simpatizavam com eles e os preferiam o mais longe possível, elas não estavam a fim de confusão apenas queriam preservar a bela paz que haviam construído com os lobos. Já os lobisomens os desprezavam completamente e os queriam mortos, eles eram uma ameaça para suas matilhas.
- Devemos ir embora - disse Rebekah chamando a atenção dos irmãos.
Depois de sua chegada, os três haviam alugado quartos em uma pensão no centro da cidade e haviam permanecido ali já que aparentemente qualquer imóvel estava indisponível para a venda se fosse para eles.
- Acabamos de chegar, Rebekah - respondeu Klaus sem dar muita importância.
- Já fazem dois meses e nem mesmo temos uma casa! - replicou a loira com mais urgência - Claramente eles não nos querem aqui, então porque vocês dois estão insistindo em ficar?
- Bobagem, espero um pouco e logo irão se acostumar com nossa presença, além disso... - o vampiro se levantou indo em direção a mesa e se servindo de uma bebida - Logo, as coisas começaram a mudar por aqui.
- Não me diga que ainda está com essa ideia ridícula de controlar esse vilarejo - debochou a loira - Acorde Klaus, eles nunca se curvaram para você, ou para qualquer um de nós!
- Temo que nossa irmã, esteja certa, irmão - declarou Elijah, o vampiro fechou seu livro o deixando na mesinha ao lado - Não somos bem vindos aqui e se ficarmos e acabarmos despertando a ira de algum deles... Nosso pai nos achará facilmente.
O vampiro soltou um suspiro entediado.
- Só preciso de um tempo, logo teremos toda essa cidade em nossas mãos - disse com um sorriso.
Rebekah revirou os olhos irritada.
- Só estamos aqui por causa do que aquela bruxa disse e nem mesmo sabemos se o que ela disse é verdade - a vampira se remexeu na cadeira da varanda, olhando com tédio a rua de terra abaixo - Não vimos nem rastro dela nos últimos dois meses...
- Ela está aqui - murmurou Klaus com irritação - Eu sei que está.
A loira abriu a boca para retrucar, mas logo uma movimentação do lado de fora do quarto chamou a atenção dos três irmãos. Elijah se levantou e abriu a porta revelando a figura de um homem, um serviçal que trabalhava na pensão.
- Senhor Mikaelson - cumprimentou o homem antes de estender uma carta que segurava para o vampiro - Isso chegou para o senhor.
- Obrigado - agradeceu Elijah ao homem que lhe deu um aceno de cabeça e saiu pelo corredor.
O moreno fechou a porta olhando com curiosidade para o papel em suas mãos.
- O que é? - indagou Rebekah com desconfiança.
- Para Elijah, Klaus e Rebekah Mikaelson. - Elijah verbalizou - É um convite para um baile de noivado...
- Um baile? - indagou Rebekah com a voz animada.
- Aparentemente, os noivos pertencem às duas matilhas que controlam os lobos e oficializaram seu noivado para a sociedade no baile...
- Mas por que eles nos convidaram?
- Não é óbvio? Eles estão unindo forças e querem nos mostrar que eles não tem nada a temer - proferiu Klaus - Isso é uma declaração de guerra.
- Não seja tão paranoico, Nik! - ralhou Rebekah - Não é como se eles pudessem nos matar facilmente, talvez estejam tentando nos assustar, mas declarar guerra?
- Concordo com Rebekah - declarou Elijah fazendo que a vampira exibisse um sorriso orgulhoso no rosto - No entanto, a hipótese de Niklaus não é de todo errada, eles querem mostrar que farão de tudo para nos expulsar daqui, a qualquer custo.
- Então, nós iremos ou não? - Questionou a vampira - Preciso de um vestido novo.
- Mas é claro que iremos, não perderia isso por nada - disse Klaus com convicção.
- Então acho melhor começar a sua busca o mais rápido possível, irmã - aconselhou Elijah a olhando - O baile será amanhã à noite.
- Aparentemente, eles não pensaram em nos avisar com antecedência - reclamou a loira se levantando - Afinal, quais os nomes dos noivos.
