"De manhã, na casa dele
Torrada queimada, domingo
Você guarda a camisa dele
Ele mantém sua palavra
E, pela primeira vez, você esquece
Dos seus medos e seus fantasmas
Um passo, não é muito
Mas diz o suficiente"
You are in love | Taylor Swift
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Eu mal consigo acreditar nos meus olhos, meu sorriso é tão largo que sinto minhas bochechas doerem um pouco. Quase penso que é uma miragem e eles não estão realmente aqui, mas o olhar caloroso do meu pai e o sorriso da minha mãe são tão reais que é impossível que minha mente tenha criado isso.
Minha mãe se afasta um pouco do meu pai e caminha em minha direção com os braços abertos.
— Venha aqui — ela pede com carinho e eu avanço em sua direção obedecendo ao seu comando, mas ao invés de aninhar em seu abraço, como eu fazia quando criança, ela que se aninha no meu, devido a nossa diferença de altura.
Trocamos um abraço caloroso, e apertado, seu perfume característico invade minhas narinas e eu me sinto em casa. Ela se afasta um pouco de mim, o suficiente para olhar para o meu rosto e vejo seus olhos arregalarem de leve.
— O que aconteceu? — ela pergunta segurando as duas laterais do meu rosto e me forçando a inclinar o corpo, para que possa me analisar mais de perto — Porque está vermelho? Oh meu Deus! Você comeu amendoim? — minha mãe nem me dá tempo de responder e gira o seu pescoço até encontrar Diana, que continua parada um pouco atrás de mim, imóvel — Você deu amendoim para o meu bebê?
Sei que minha garota não está entendendo uma vírgula do que a minha mãe diz, seu olhar está meio perdido e suas bochechas coradas, e acho que agradeço por ela não conseguir entender minha mãe me chamando de bebê, como se eu ainda fosse aquele garotinho travesso de anos atrás.
— Mãe, eu já tenho dezenove anos, não sou mais um bebê. — me defendo abaixando um pouco a voz para a Diana não escutar direito, torcendo para que ela não entenda, e acabo recebendo um olhar atravessado da dona Juliette.
— Você sempre será meu bebê. — rebate firme, e não demora a segurar minha mão e me arrastar para dentro de casa, passando como um furacão pelo meu pai que se encarrega de convidar a Diana para entrar.
Minha mãe me sentou no sofá, e ficou me olhando inteiro, me fazendo morrer de vergonha.
Por que nossas mães fazem isso, afinal?
— Por favor, mãe. Eu estou bem. — pedi envergonhado e ela respirou fundo.
— Tem certeza? Você está muito vermelho. — ela olhou por cima do ombro e depois voltou seu olhar para mim e falou bem baixinho para Diana não escutar, como se fizesse diferença, já que Diana não fala nada em inglês. — Ela poderia ter te matado.
— Estou bem, eu juro.
— Seu velho pai não ganha um abraço? — meu pai perguntou interrompendo nossa interação e eu me levantei para lhe dar um abraço — Senti sua falta, parceiro.
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Linhas Invisíveis - Theo's Version
RomanceTheo Julian Rios é natural da Califórnia e filho de um famoso jogador de futebol americano. Depois de sofrer uma desilusão amorosa, decide ir morar com os tios no Brasil em busca de um novo começo. Têm aversão a relacionamentos depois de tudo o que...