𝐌𝐎𝐍𝐒𝐓𝐑𝐎𝐔𝐒 𝐒𝐎𝐔𝐋𝐒 | - ❛❛NEM TODOS OS MONSTROS FAZEM COISAS MONSTRUOSAS.❜❜
𝐐𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐎 𝐓𝐀𝐎 𝐏𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒𝐓𝐎 𝐅𝐈𝐌 𝐃𝐎 𝐌𝐔𝐍𝐃𝐎 se aproxima e humanos começam a virar monstros, Seul-ki, uma garota atormentada, encontra em meio de...
Sinta a brisa lá no fundo olhar você dentro do poço. Se puder, você vai ver o mundo em toda sua chama. Aproveite a chance, como se todos sonhadores não pudessem achar outro caminho. Você não tem que sonhar tudo isso, apenas viva um dia.
𝑺𝒂𝒗𝒆 𝒂 𝒑𝒍𝒂𝒚𝒆𝒓, Duran Duran
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Os últimos raios solares do dia se punham lentamente. A noite caía como um véu, dominando o amarelo brilhante pera a imensidão azul escura. As estrelas ajudavam na iluminação junto da majestosa lua que estava no seu ápice. As nuvens surgiam tímidas não atrapalhando à incrível paisagem noturna.
Aquele bairro de Seul em que o green home se localizava era de fato horrível, uma verdadeira poluição visual e sonora. Os altos prédios estavam sempre precisando de manutenção, suas cores eram opacas e sem graças mas a grande camada de sujeira que impregnava suas paredes as deixavam quase impossível de determinar a cor que algum dia eles já formam. O cheiro da quele bairro também era nojento, uma grande mistura de lixo e fumaça de algumas fábricas que ficam por perto que faziam uma verdadeira barulheira.
Apoiada no corrimão da escada exterior do prédio insalubre com seu fiel companheiro cancerígeno em seus lábios rubros a garota olhava para toda aquela cidade com repudio logo mudando sua atenção para finalmente algo bonito, o céu.
Seus pensamentos estavam perdidos em meio a trajetória de toda sua vida. Pensava em como tinha conseguido chegar até ali e em quais decisões a levaram a isso. Um devaneio a levou a lembrança assombrosa da sua mãe fazendo-a balançar a cabeça tentando o fazer desaparecer torcendo para que ele a deixasse em paz por pelo menos alguns dias.
Uma sensação ruim percorre o corpo de Seul-ki fazendo um arrepio surgir e se espalhar por todo seu corpo. Algo a falava ou melhor gritava em sua mente que uma coisa grande chegaria em breve e sua intuição afiada a mostrava que não era uma mudança boa. Se lembrava da última vez que sentiu esse sentimento aterrorizante, bem um pouco antes de receber a ligação que mudou sua vida para sempre.
Engolindo seco decidindo tentar ignorar aquela sensação e a lembrança que ainda a assombrava se vira em direção a saída das escada a ouvindo ranger com o movimento e abre a porta que levava até o corredor um andar a cima de seu apartamento. Checando o relógio preto em seu pulso vê que ainda tinha 1 hora para seu turno na lanchonete começar.
Seus sentidos estavam em alerta máximo, captavam cada mínimo som. O arrepio que subia por toda sua espinha ainda a acompanhava e junto a ele o medo. O lugar das escadarias estavam escuros e fúnebres. Poderia facilmente ter alguém as espreitas aguardando, esperando o momento certo para a atacar. O pensamento perverso alimentou ainda mais o medo que insistia em a perseguir impedindo-a de relaxar.
