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— Kenma.. do que você está falando?
Respondi, um pouco incrédula.

— S/n, não me leve a mal, mas eu nunca senti esse sentimento por alguém antes. Eu quero saber, por que você faz eu me sentir assim?
O garoto disse cabisbaixo

— Mas, eu não..

Que droga é essa? Essa sensação.. de culpa. Meu peito está apertado, eu jamais poderia me apaixonar por alguém, eu apenas acabaria machucando essa pessoa. Kenma é um bom menino, e por mais que eu goste muito da presença dele, ainda não posso distinguir se isso é amor. Preciso de um tempo sozinha, eu preciso pensar sobre isso.

— Eu já vou.
Eu disse

Eu me virei, pude ouvi-lo dar um suspiro. Vai ser melhor assim.

Fui em passos apressados até a porta, chamei um Uber e voltei para a minha casa.

Enquanto eu olhava pela janela do carro, pensei muito sobre oque tinha acontecido.

"Eu fiz mesmo ele se sentir assim?" Era a única coisa que se passava na minha mente.

Retirei a chave do bolso e destranquei a porta, minha tia não estava em casa, provavelmente trabalhando, minha irmã deve estar no quarto, mexendo no celular.

Eu só quero me distrair um pouco.
Disse para mim mesma.

Fui até o quarto da minha irmã e bati algumas vezes na porta, escutei um "pode entrar" e então abri. Notei que ela estava jogada na cama, com certeza entediada.

— Kane, você tá ocupada?

A encarei, com uma expressão um pouco séria. Ela se sentou na cama e então respondeu

— Não tô não, por quê?

— Vamos sair?
Respondi, ainda um pouco tensa pelo o que aconteceu mais cedo.

— De novo? Você levou um bolo do Kenma?

— Não! Para de pensar só pelo lado ruim, Kane.

— Então aconteceu alguma coisa não é? Você raramente sai por vontade própria.

— Eu sei, eu apenas quero espairecer a cabeça.

— Sendo assim, então tudo bem.

Ela se levantou da cama deixando o celular em cima do criado-mudo e foi em direção ao armário retirando algumas peças de roupa.

— Onde nós vamos?
Indaguei

— Para uma festinha!
Ela respondeu, com um sorriso de orelha a orelha no rosto.

— O que!?
Praticamente dei um grito, eu não era fã de sair para nenhum lugar, ainda mais para festas onde tem só adolescentes bêbados se pegando.

— O que foi S/n? Você disse que queria sair, quer afogar as mágoas não quer?

— Eu não disse isso.

— Mas foi o que eu entendi, vai lá se arrumar.

Eu não queria me envolver com aqueles tipos de pessoas, muito menos da ideia de ingerir álcool, porque me lembra o meu pai, e de como ele ficava alterado quando bebia.

— Nós vamos mas eu não vou beber, pode ser?

— S/n, como você vai para uma festa e não vai nem sequer beber uma gota de álcool? Só experimenta.

Akane já havia bebido escondido várias vezes, então já conhecia os seus limites, mas eu não. Nunca passou pela a minha cabeça que eu precisaria de cachaça para fazer eu me sentir melhor, mas se for poucos shots, acho que tudo bem. Já que tudo tem sua primeira vez, não é?

THE GAME OF LOVE. | Kozume Kenma  Onde histórias criam vida. Descubra agora