Meu irmão, Malfoy

O beijo equivocado.

Os dias eram iguais aos outros, Melanie não tinha muitos amigos, andava sempre por fora de confusões e vivia trancada em seu dormitório, solitária.
Porém, a razão dela estar se privando, é pelo simples motivo de acharem que ela e Draco era um casal. Ela evita andar pelos corredores para evitar olhares, cochichos e julgamentos. Evita as vezes até de ir para as aulas.

Nessa tarde, Melanie estava no seu dormitório, lendo mais um livro de ficção que lhe restara para ocupar sua mente. Até que alguém bate na porta de seu dormitório. Era Draco Malfoy.

- Você não vai mais sair desse quarto?

O garoto diz com desdém e arrogância. Melanie tenta o ignorar fechando novamente a porta, porém, Draco empurra a porta novamente com a intenção de poder conversar com sua "irmã".

- Garota, eu estou falando com você! Vamos, saia desse dormitório.

Os olhos de Melanie marejaram de raiva que ela sentia por Draco, sua pele esquentou com a raiva tomando conta de seu corpo. Aliás, o culpado era ele, dela se esconder.

- Estou bem aqui, Malfoy.

A mesma diz com calma em sua fala, tentando não bufar e nem soltar xingamentos intrusivos assim que ela viu ele. Precisava se manter calma, pois assim ela não se rebaixaria ao nível de Draco.

- Não, você não vai. Até meu pai foi notificado sobre isso. Recebi uma carta de sua mãe. Ela está preocupada! Você não pode se isolar, e eu não quero me sentir culpado por isso.

Logo ela se espantou, a atitude de Malfoy era gentil, e sua voz era calma acima da situação. Talvez ele esteja se importando com ela.

- Não finja que se importa, Malfoy. Agora se você puder me dar a sua licença, eu quero ficar sozinha!

Ela tenta fechar a porta, mas é mais uma vez interrompida por Draco.

- Aí garota, você é insuportável! - Draco empurra mais a porta, para que ele pudesse entrar. Se instala e se acomoda em uma cama de frente a cama de Melanie.

O mesmo saca sua varinha, lançando um feitiço contra a porta, para que ela pudesse fechar imediatamente, e lançou uns feitiços de proteção.

- Os feitiços de proteção são necessários?

- Sim. Ninguém pode saber que estou aqui.

- Então vá embora, Malfoy! Já disse que não quero você aqui, e não preciso me dar bem com você.

- Só pra constar, faço isso por nossos pais.

- Minha mãe não liga se nos damos bem ou não.

- Claro, ela só liga pro dinheiro do meu pai, e como ela é favorecida nessa família.

As palavras de Draco ecoaram como mil facadas no peito de Melanie. Como assim minha mãe se casou com Lucius por causa de sua riqueza? Ela pensou. Isso não é possível, minha mãe o ama.

- Você não sabe o que fala, Malfoy! Minha mãe ama o seu pai! - A garota sobe o tom de voz, seu corpo esquenta como a lareira que crepitava em seu quarto. - Você não pode falar assim dela, de nós duas! Seu idiota, mimado!

Draco se espanta pela reação de Melanie. Espanta muito mais quando ela posiciona sua varinha em seu queixo, num ato de ameaça. Draco estava na corda bamba com Melanie, ela estava prestes a acabar com a vida dele. Até que ele se prepara para lhe dar um beijo. Como ato de salvação.

DRACO VISION

Ela estava pronta para me dar um ataque com sua varinha, não sabia realmente o que fazer, a não ser acalma-la. Se eu ousasse em falar com ela, não iria funcionar. Teria que fazer algo para desarma-la.

Num ato de coragem, dei um passo a frente, enrolei meus dedos em sua nunca e puxei-a para um beijo.
A mesma, sem reação, largou sua varinha, relaxando seu corpo. Sabia que isso iria funcionar.

MELANIE VISION

Eu beijei Draco Malfoy. As mãos que estavam na minha nuca, se entrelaçaram em meu cabelo, fazendo eu dar um pequeno gemido. Nossas bocas em total união, dançavam para lá e para cá. Sua outra mão se formava em minha cintura, me puxando para mais perto dele. Que beijo bom.

Depois de alguns segundos, eu me liguei da merda que estávamos fazendo. Estávamos tendo um tipo de relação a qual não podíamos ter. Somos meio-irmãos, isso é tão estranho. Após esse meu pensamento, empurro o corpo do oxigenado para trás, olho para o mesmo com um olhar de espanto. O mesmo me retribui com um olhar espantado e malicioso.

- Você percebeu o que acabou de acontecer? Draco, isso é uma loucura! - Falo desesperada, procurando palavras para o repreender.

- Eu apenas lhe beijei, Melanie. Aliás, é a primeira vez que você dita meu nome. Prefiro que me chame pelo meu sobrenome, soa melhor.

- Seu idiota! - Falo o encarando mais perto. - Você realmente não se importa com o que acabou de acontecer.

- FOI SÓ UM BEIJO! - Draco disse sem paciência, jogando seu corpo contra o meu, para que eu abrangesse minha raiva.

- Somos irmãos, Draco! Isso não pode mais acontecer.

- Larga de ser boba, garota. Você só é a filha da mulher do meu pai. Não te considero como irmã.

- Você é um grosso, um escroto.

- Não, eu fiz o certo. Você estava prestes a me matar.

- Antes isso, Malfoy!

- E outra, sua boca é irresistível.

- Diga outra, fútil!

- Não venha me repreender, ou vai ter que arcar com as consequências. Não sou quem você pensa que sou. Vim para ser gentil com você, pra te tirar desse muquifo. Quando eu decido ser mal, eu sou. E você vai aprender com isso.