Maldito Coração | Zulema Zahir

둘

O título é apenas a contagem de capítulos.

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– Você prometeu que iria cuidar de mim, eu sou sua filha! - O coração prestes a rachar e as lágrimas descendo. A ligação do outro estava com mal contato, mas Rose conseguia escutar os suspiros.

– Eu nunca liguei pra você Rose, sua mãe te largou comigo e se matou. Eu poderia ter feito o mesmo, mas não queria que você sujase meu nome, sua drogada de merda. - escutou apenas o som do bip e soube que após aquelas palavras, o pai de Rose agora estava morta pra ela.

– Sra.Ryu. - A garota deixou o telefone no suporte e saiu junto ao guarda, mostrou os pulsos e sentiu as algemas a apertarem. Entrou na van, se sentou no último banco, e seguiu caminho para o seu futuro lar.

...

– Rose! - Ela se assustou assim que saiu das antigas lembranças com, Macarena se sentando na sua frente. – Filosofia?

– Oque? - Rose olhou a capa do livro que tinha em mãos e entendeu. – Ah...Eu só estou entendida.

– Achei que estivesse com suas amigas. - Rose ficou confusa. – Zulema e Saray, vocês andaram bem próximas esses dias.

Havia se passado quase uma semana desde o dia da arquibancada, Saray e Zulema se aproximaram de Rose e perceberam ela era uma boa pessoa de se conviver.

– A gente dorme na mesma cela, Maca. - Rose deixou o livro de lado.

– Eu sei, mas a Zulema, é a Zulema! Você tem que tomar cuidado com ela. - A morena percebeu o tom preocupado de Macarena. – Zahir não é flor que se cheire.

– Falando assim parece que ela tentou te matar. - A loira se calou, Rose pensou no que disse e arqueou as sombrancelhas surpresa. – Que? Sério?

– Perdi a conta de quantas vezes isso aconteceu. É só um aviso pra você, não vá fazendo amizades e sendo educada com qualquer uma, você vivenciou como foi ser enganada e usada dias atrás. - A mais nova abaixou o olhar e sentiu o peso da mão de Macarena na sua. - Mas não mude seu jeitinho de ser. – Ambas se olharam e trocaram sorrisinhos envergonhados.

– Atrapalho? - A voz de Saray fez com que a mão de Macarena saísse de cima da de Rose e ambas encararam a Cigana que tinha o olhar nas duas.

– Atrapalhar? Tipo oque? - Rose ficou confusa e ficou ainda mais com o riso soprado de Saray, que tirou as mãos do bolso e sentou ao lado de Macarena.

– Eu vou procurar a Cachinhos. - A loira falou, Saray a olhou se levantar e ir embora.

– Ei. - Rose chamou atenção de Saray que voltou seu olhar pra amiga. – Oque você queria?

– Calma, não precisa me expulsar desse jeito. - Saray se sentou no lugar de Macarena e cruzou os braços. – Viu a Zule hoje?

– Não. Eu não vivo no pescoço dela, igual a você. - Saray revirou os olhos.

– Eu só falei com ela hoje de manhã, que caralhos ela tá fazendo que não deu as caras até agora? - Rose deu de ombros e pensou aonde Zulema poderia estar.

– Talvez ela esteja na enfermaria. - Saray franziu a testa preocupada. – Apenas um palpite, sei que não procurou lá.

– Eu tô com preguiça de ir lá agora. - Jogou os braços por cima da mesa. – Essa mulher parece a porra de um fantasma, que some e aparece a hora que quer.

– Quem é a porra de um fantasma? - Zulema apareceu atrás de Rose assustando a garota que se virou pra olhar a garota.

– 바보! - Xingou em coreano fazendo as duas da mesa gargalharem, a menina revirou os olhos e bufou irritada. – Você que é a porra do fantasma, assustando os outros desse jeito.