Jeon Jeongguk, um jovem órfão com uma paixão por fotografia, luta para tentar encontrar uma luz novamente em sua vida após tantos problemas e desilusões. Seu único amigo verdadeiro, Kim Taehyung, havia partido há anos quando uma família o adotou no...
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Vazio. Aquela constante sensação de que nada pode nos trazer alívio a alma novamente, jogando-nos em um ciclo de dor, auto-aversão e sofrimento. Eu caminhava em uma linha tênue entre a vida e a morte, em que eu sobrevivia por fora, mas definhava por dentro e não sabia como sair daquele ponto. Eu cheguei a situação na qual eu precisava de ajuda, todavia, eu não conseguia pedir e apenas continuava, continuava e continuava.
Lembro-me dos meus colegas de escola me taxando de estranho por estar sempre sozinho, além de eu ser órfão e na faculdade eu vivia em um ciclo inconstante. Pensei muitas vezes em desistir, mas ainda havia um único fio do qual eu me agarrava e me impedia de ir. Então lutei. Quando terminei a escola, busquei meu sonho de cursar fotografia e felizmente, eu consegui.
A primeira vez que esse sonho despertou, eu estava no orfanato. Eu tinha cerca de uns seis anos na época, quando encontrei uma câmera fotográfica em uma caixa de brinquedos que deram para as crianças. Eu fui o único que me interessei, ela estava no fundo, os outros na época já tinham pego a maioria dos brinquedos, fui um dos últimos e aquele objeto estranho para um menino que sequer sabia o que era tecnologia, foi incrível.
Logo, foi nesse momento que eu conheci um garoto. Enquanto descobria como que mexia naquela máquina, eu consegui fotografar pela primeira vez e foi no mesmo instante que ele apareceu na minha frente e agiu do jeito dramático que continua até hoje, resmungando que ficou cego devido ao flash da câmera.
Eu pensei que ele brigaria comigo, sinceramente, mas após ver que eu fiquei realmente preocupado, vi um sorriso surgindo em seu rosto enquanto estendia uma mão para pôr no meu ombro, me tranquilizando.
— É brincadeira, não fique assim! — Ele riu ao mesmo tempo que me olhava de um jeitinho curioso. — Meu nome é Taehyung, qual é o seu?
— Meu nome é Jeongguk... — Eu havia falado de uma maneira tímida.
— Prazer, Jeongguk! — Taehyung estendeu a mão de maneira animada, na qual eu segurei meio incerto. — Vamos ser amigos?
Pensando nesse momento, eu apenas consigo perceber o quão aleatoriamente foi esse primeiro encontro e de como surgiu a nossa amizade, mas eu não mudaria nada do que havia acontecido. Taehyung se tornou o meu único e melhor amigo dentro do orfanato, passávamos a maior parte do tempo juntos e acredito que aqueles cinco anos ao seu lado, foram os melhores da minha vida, porém, nada é para sempre.