Capitulo 4 • A Linhagem

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O mau cheiro dos cadáveres dava náuseas em Gray, em geral, ele já estava sentindo uma vontade imensa de vomitar.
Mas agora com um braço humano em sua frente, e estando na boca de uma das criaturas tornava aquilo não somente nojento, mas principalmente desesperador.
A criatura era muito diferente da que tentou atacar ele.
Era maior, tendo aproximadamente três metros de altura. Sua pele não era da mesma textura que a outra, era menos flácida e mais parecida com a deu um humano. Era totalmente preta com listras amarelas que vinham de um círculo que rodeava o pulso, até o pescoço onde havia outro círculo maior. A mesma tinha uma boca diferente, enquanto a outra que ele tinha visto tinha a boca para dentro da cabeça, essa tinha o maxilar absolutamente para fora, ao ponto de quando a mesma abrir a boca parecer uma flor se abrindo.
Gray olhou a criatura de cima abaixo, em medo e confusão, o mesmo ficou parado ali sem saber o que fazer ou para onde fugir.
De repente a criatura serra o punho e dá um soco certeiro no rosto de Gray. O soco foi tão forte que fez Gray ser lançado a sete metros, indo para a parte mais baixo do planalto que ele estava.
Gray caiu no chão igual a uma fruta podre, sem nenhuma reação, ele estava nocauteado. Até mesmo o cabelo que estava amarrado, soltou-se do rabo de cavalo que o prendia.

"Não sinto... nada..."

A visão de Gray foi ficando cada vez mais turva e negra. O sangue de sua testa, onde foi a área atingida e ferida pela criatura, desceu sobre o rosto do jovem.
Em um simples inspirar, ele arregala os olhos novamente, da mesma forma que antes estava contra a primeira criatura.
Ele se levanta e limpa o sangue que cobria mais o seu olho esquerdo junto a toda face.
Ele dobrou os joelhos fazendo uma posição de ataque.
E quando de repente a dog tag começa a brilhar novamente. Um tipo de gosma, que logo após se tornará algum tipo de escama/armadura, começou a cobrir o corpo por completo do jovem. Apenas deixando algumas áreas por fora da possível proteção que ela oferecia.
Áreas essas que eram, o bíceps e tríceps, cobrindo com um bracelete no antebraço esquerdo e um tipo de braçadeira no direito.
Nas pernas sendo por completo toda a proteção mas deixando as coxas bem largas e folgadas. Embora a proteção nos braços não estava nem um pouco folgada, pelo contrário, machucava bastante pois parecia ser de braços bem fininhos.
No tronco, havia uma leve elevação no peitoral como se fosse para seios femininos e o abdômen se fazia totalmente coberto e extremamente apertado igualmente aos braços.
Só havia uma ombreira, ao braço direito que conectava tanto a braçadeira quando a uma pescoceira que também cobria a mandíbula inferior até seu nariz.
A gosma também fez um cinto, que vinha até seu ombro esquerdo até sua cintura e ali foi posto duas bainhas, com duas possíveis adagas que pelo tamanho era de 16 a 23 cm cada.
Gray retirou ambas da bainha com agilidade, e se preparou para uma possível investida da criatura.
Quando-lhe foi bombardeado por memórias, as quais não era dele. De toda a anatomia do monstro, pontos fortes, pontos fracos, tendões, veias e artérias da criatura.
Cobrindo seu rosto e sentindo uma grande dor de cabeça, ele se distraiu mas permanecia com as adagas em mãos, então pondo em vista isso que a criatura investiu em ataque contra ele.
O mesmo não percebeu, mas quando retirou as mãos dos rosto a besta já estava à 4 metros de distância dele.
O ataque foi desferido contra a costela dele, mas Gray pôs seu braço esquerdo para proteger, assim quebrando o bracelete mas protegendo do dano que possivelmente rasgaria completamente ele.
Gray então vendo uma brecha após o ataque, com o braço direito livre, ele mira e faz um corte de cima para baixo no cotovelo, sendo o braço que tentou acertar na costela de Gray, fazendo um movimento de 180° graus da direita para esquerda. O corte foi certeiro e de extrema precisão, tanta que o jovem duvidava de onde havia tanta maestria com lâminas. A perfeição do corte foi tremendamente grande, ao ponto de amputar o braço da besta.
Mas ainda sobrou o restante do braço, e inclusive o outro se fazia por inteiro.
O sangue negro jorrou sobre o rosto de Gray, o braço da criatura se contorcia no chão, a mesma gritava de dor.
Gray então se afasta para obter noção de espaço dentre ele e a criatura, não tão somente para a própria segurança, quanto para consciência e estratégia de uso do planalto.
Gray olhará que o ferimento ia cicatrizando rapidamente, mas o braço que era maior e que estava intacto, começou a encolher, enquanto outro crescia no lado amputado.

𝚂𝙰𝙽𝙶𝚄𝙴 & 𝙿𝚁𝙰𝚃𝙰: 𝙰𝚁𝙲𝙰𝙳𝙸𝙰Onde histórias criam vida. Descubra agora