CAPÍTULO DOIS ✔

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Voltei para o palácio e vi um cavaleiro, era o Sir. Kasper ele estava sério, será que aconteceu alguma coisa com o meu irmão Príncipe Loan?

- Com licença. - Eu disse passando pelo portão.
- Da próxima vez não a deixarei entrar, a não ser que me pague. - Ele disse com um sorriso malicioso e me olhando de cima a baixo.
- Não haverá uma próxima vez. - disse séria e bufando.

Que homem nojento insuportável, é a terceira vez que ele fala isso essa semana. Deus me livre de todo mau. Ele podia sumir e nunca mais aparecer nesta área do palácio. Estava na cozinha quando o Cavaleiro Kasper, adentrou a mesma com uma aura aterrorizante.

- Vai brigar comigo, por ter saído do palácio? - perguntei cortando os legumes para preparar o jantar.
- Não. Eu vim aqui por outro motivo. - disse sério. - Mas, me respondi uma coisa. Desde quando esse homem fala dessa maneira com vossa alteza? - Sir. Kasper perguntou sério com o maxilar rígido.
- Sente-se. - Eu disse séria.
- Obrigado. - Sir. Kasper disse se sentando.
- Essa é a terceira vez essa semana. Ele ficou aqui 4 semanas alternando com outros cavaleiros. - Eu disse séria. - O que lhe traz aqui? - perguntei preocupada pensando se podia ser por causa do Príncipe ou o Arquiduque.
- Eu não sei o que aconteceu ontem mas, ainda bem que você encontrou o Arquiduque Cabel Montgromey. Aconteceu algo muito ruim mas, isso não é necessário que saiba, da próxima vez não saia sozinha. Você ainda gosta do Marquês Metten? - Sir. Kasper perguntou sério.
- Por quê? Aconteceu alguma coisa com ele? - perguntei preocupada.
- Não. Eu quero que você mantenha distância dele ele não é quem parece ser. - Sir. Kasper disse com um olhar muito sério.

Toda vez que ele fala assim é porque o problema é sério. Mas, eu não quero ficar sem ver o Marquês, mas o que estou pesando eu esqueci do Arquiduque completamente.

- Então... você sabe o que o Arquiduque e o meu irmão Príncipe Loan conversaram depois que saímos? - perguntei com medo da resposta.
- Sei mas, é confidencial. - Ele disse sério. - Mas, eu gostaria de saber como a Elise está. Eu queria visitá-la, mas depois desse longo período que estive fora eu não sei se ela irá gostar de me ver. - Sir. Kasper disse passando a mão no cabelo nervoso.
- Claro que vai gostar de te ver. Mas, assume logo que vocês se amam e se casem logo, eu quero ir no seus casamento. - Eu disse sorrindo.
- Eu, eu, eu... como vou dizer a ela que a amo? Eu não sei o que fazer. - falou com auas orelhas vermelhas.
- Você ainda se lembra da flor preferida dela? - perguntei séria.
- Sim, eu sei. São as rosas laranjada com amarelo. - Recordou sorrindo.

Fiquei feliz por saber que ela se lembrava desse detalhe e por confessar que a ama. Tão lindo esses dois, só precisam de coragem.

Passaram-se vários dias depois de me confessar ao Arquiduque Cabel Montgromey.

Mais tarde tomei um banho e fui dormir. Estava chovendo muito forte, tenho medo de trovão e do relâmpago, eu me sentei na cama rapidamente quando ouvi um barulho bem alto. Será que alguém invadiu o palácio? O que eu faço? Me levantei peguei o candelabro e fiquei atrás da porta, meu coração estava muito acelerado, estava tremendo até que alguém a abriu bem devagar. E a porta rangido alto, aquele som ecoando por todo o quarto vi uma silhueta estranha adentrando o quarto.
Não reconheci aquela figura mas, era a silhueta de um homem isso é fato. Peguei o candelabro e lhe acertei na cabeça com toda a força e saí correndo, não enxergava direito pois estava muito escuro mas, eu conhecia aquela parte de olhos fechados.

- Volte aqui sua mulher eu disse que você ia me pagar, sua infeliz eu vou acabar com você. - Gritou furioso correndo atrás de mim.

Eu não me dei o trabalho de olhar para trás só pensei em correr, não iria adiantar gritar pedindo socorro ninguém iria me ouvirr. Os relâmpagos iluminavam o caminho daquele imenso corredor, parecia ainda maior que o normal. Vi algumas sombras no escuro ao longo do corredor, eu estava com tanto que só podia estar vendo coisas. Estava cansada e o homem não parava de me seguir, estava ofegante as pernas tremendo, suando o peito ardia por falta pois me faltava fôlego, minha garganta parecia que iria rasgar, minha visão estava ficando turva.

- Eu vou te pegar sua mulherzinha insolente. - Esbravejou ele ainda mais alto e sua voz parecia mais perto.

Caí no chão, apenas olhei para trás não sabia o que iria acontecer, aquele homem se jogou no chão e segurou pelo braço com muita força. Estava sem conseguir falar não saía nem um som da minha boca. Estava ponto de perder a consciência quando, ouvi muitas vozes e passos de muitas pessoas. O corredor ficou iluminado o suficiente para que eu pudesse ver meu irmão acompanhado de outros cavaleiros.

- Prendam ele agora mesmo. - Esbravejou o Príncipe
- O que foi que eu fiz? - O homem perguntava.
- Aproveitando que é um cavaleiro para cometer vários crimes. Será condenado a morte. - Príncipe esbravejou com sua espada em mãos.

Tentei chamá-lo, mas não consegui nem mesmo mexer meus braços e desmaiei. Ao acordar estava em outro quarto, nunca vi esse quarto o teto é tão bonito, a cama é macia, olhei para o lado e vi uma criada dormindo na cadeira. Tentei me sentar esqueci e apoiei no meu braço machucado, me fazendo soltar um gemido de dor e cair na cama novamente.

- Princesa Scarlett! - Ela exclamou assustada e saiu correndo.

Será que meu rosto está tão feio assim que a fez sair correndo dessa forma. Não demorou e as portas do quarto se abriram o Príncipe adentrou o quarto rapidamente com outras criadas e um médico .

- Finalmente você acordou. - Príncipe Loan falou segurando minha mão.
- Que lugar é esse? O que aconteceu? Por que você está tão preocupado? - perguntei franzindo o cenho.
- Esse é seu novo quarto. Aquele guarda ele cometeu vários crimes imperdoáveis, ele foi sentenciado a morte. E você estava dormindo por dois dias. - Príncipe Loan respondeu ainda segurando minha mão e sua expressão agora aliviada.
- Não precisa se preocupar, eu estou bem. - falei sorrindolevemente.

Príncipe Loan retribuío o sorriso, o Doutor me examinou e disse que eu estava bem só precisava me alimentar melhor, e logo mais poderia fazer o quisesse sem me preocupar com a saúde. Meu irmão Loan, me contou tudo que aconteceu naquela noite, eu fiquei em choque ao saber dos crimes que aquele homem cometerá.

- Ainda bem que você falou com o Kasper sobre esse homem. Você poderia ter morrido, você deveria ter me avisado que as criadas só estavam te levando algumas roupas. Você está tão magra que eu estou pasmo como sua aparência. - Loan falou sério.
- Eu sei que sou um fardo para as pessoas ao meu redor, eu não... - Não conseguir falar mais.

Comecei a chorar de uma forma incontrolável, meu irmão apenas me abraçou e não disse mais nada. Apenas ficou ali comigo por muito tempo, tomamos café da manhã juntos e almoçamos também. O dia verdadeiramente bom, podia ser assim todos os dias.
Agora moro no palácio das flores, aqui é muito lindo as criadas cuidam bem de mim, algumas fazem cara feia o que já era de se esperar. Meu irmão Loan colocou guardas para me vigiar em tempo integral. Passeava pelo jardim todos os dias e é claro a Elise, podia me visitar a hora que quisesse.
Soube que teria a famosa "marcha pelo território". Era normal fazer isso depois de uma guerra e para os cavaleiros recém promovidos. E alguns filhos de alguns nobres também participavam dessa marcha, que iria durar seis meses ou mais. Temos apenas um mês para nós prepararmos para a marcha.

Passado-se um mês, nossas coisas estavam todas prontas, até certo ponto iriamos de carruagem depois seguiriamos a pé. Demorou um pouco de carruagem, estou usando apenas roupas simples e fáceis de caminhar. Não quero nada me atrapalhando, eu não sabia quem iria participar da marcha até chegar no ponto de encontro. Desci da carruagem com ajuda do meu irmão Loan, olhei para todos os lados havia muitos nobres. Estava tudo bem até eu ver o Arquiduque com seus cavaleiros.

- Loan. - falei puxando sua blusa devagar e falei baixo.
- Oi! O que foi? Você está pálida. - falou Príncipe Loan preocupado.
- Estou bem. O Arquiduque também vai participar? - perguntei com o rosto em chamas, provavelmente estaria muito vermelho
- Sim. E alguns nobres como Marquês Metten, Duque Maverik entre outros nobres. Por quê? - Loan perguntou sério.
- Não é nada. - falei baixo.

CONFISSÃO ERRADA Onde histórias criam vida. Descubra agora