Ao sair da sala, avistei seu Firmino cuidando das flores que ficavam embaixo das janelas da sala da diretoria então com passos curtos, me aproximei dele.
— Seu Firmino.. – Chamei pelo homem de idade.
— Diga minha flo.. mas o que houve? Porque essa carinha de choro? – Firmino perguntou preocupado.
— O Paulo e o Kokimoto se juntaram para aprontar uma e me culpar, Firmino. – Falei cruzando os braços.
— Ah meu deus, tinha que ser esses dois mesmo.. vamos minha flor, você vai me explicar isso direito. – Ele disse se sentando em um dos bancos do pátio e me sentei ao lado dele.
— Eu acho que tudo começou porque desde o início, eu sempre retrucava eles, mostrando que eles estavam errados com algumas atitudes e pagava na mesma moeda, nessa eu acho que eles ficaram com raiva de mim e resolveram dizer para o Cirilo que eu contei pra eles que a diretora estava com uma doença grave no coração que se chamava hemorroida, o lerdo do Cirilo acreditou e quando foi parar na diretoria por conta disso, falou que eu tinha enganado ele e os meninos. A diretora Olivia foi lá na sala e buscou eu e o Paulo, quando eu entrei na sala, ela começou a me acusar sem nem se quer me escutar e gritou comigo. – Comecei a contar tudo que tinha ocorrido pro Firmino e ele se mostrava cada vez mais interessado e mais em choque com as coisas que eu contava. — Ela falou que iria dar uma advertência para nós três na agenda então eu fui lá na sala buscar, mas depois que você saiu da sala naquela hora, me subiu uma raiva tão grande deles dois que eu fui até a mesa que eles estava e comecei a brigar com eles, eu tava e estou muito irritada com eles.. eu acabei perdendo a cabeça e empurrei a mesa na direção do Kokimoto, ele nem chegou a cair mas o Paulo se revoltou e me empurrou com tudo pro chão mas eu tava com muita raiva na hora e sem pensar duas vezes, parti pra cima dele, seu Firmino..
— Mas minha nossa senhora do céu, como você tem a capacidade de cometer uma loucura dessas hein, Esther? – O mais velho falou em choque.
— Seu Firmino, tenta me entender! Eu odeio mentiras e principalmente quando elas são jogadas contra mim, eles estavam rindo de mim por ter me visto chorar, não sentiram um pingo de arrependimento e eu acabei perdendo a cabeça.. – Me expliquei, não queria levar mais um sermão e sim que alguém me entendesse.
— Eu entendo que você estava irritada com a situação e acabou fazendo o que achava certo mas em hipótese alguma você deveria ter partido pra cima de um menino, principalmente sendo o Paulo Guerra, os meninos são mais fortes que as meninas, Esther. Por favor, pense bem antes de querer agir pelo impulso. – O homem respondeu, tentando me dizer que me atitude estava errada de uma forma calma e compreensiva.
— Tudo bem, eu sei que eu errei.. mas eu não quero falar com nenhum deles dois nunca mais! – Exclamei batendo o pé no chão olhando para Seu Firmino que arregalou os olhos.
— Mas como você é brava, menina! Você ainda é muito novinha pra ficar com tanta raiva assim, isso não faz bem nem à um adulto, quem dirá a uma criança. – Ele me alertou, eu sabia que era meio explosiva, vovó falava que eu tinha puxado isso do meu pai mas que não deveria agir que nem ele. — Bom, eu amei você ter compartilhado isso comigo, senhorita Esther mas agora eu tenho uma proposta a lhe fazer!
— O que é, Firmino? – Perguntei dando um sorriso, já estava animada novamente graças a ele.
— Você aceita tocar o sinal pra mim? – Firmino perguntou sorrindo.
— Claro que sim! Vem, vamos logo, vamos logo, eu quero tocar o sinal. – Me levantei começando a puxar o Firmino.
— Já estou indo, já estou indo! – O mais velho riu se levantando, começando a caminhar comigo.

VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐌𝐄𝐔 𝐉𝐀𝐏𝐈𝐍𝐇𝐀 | 𝐊𝗼𝗸𝗶𝗺𝗼𝘁𝗼 𝐌𝗶𝘀𝗵𝗶𝗺𝗮
أدب الهواة- 𝑬𝘀𝘁𝗵𝗲𝗿 𝐏𝗶𝗹𝗮𝗿 𝐒𝗼𝘂𝘇𝗮, 𝘂𝗺𝗮 𝗺𝗲𝗻𝗶𝗻𝗮 𝘁𝗿𝗮𝘃𝗲𝘀𝘀𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝗮𝗽𝗼́𝘀 𝘀𝗲𝗿 𝗲𝘅𝗽𝘂𝗹𝘀𝗮 𝗱𝗲 𝘂𝗺 𝗰𝗼𝗹𝗲́𝗴𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗳𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮𝘀, 𝗮𝗰𝗮𝗯𝗮 𝗶𝗻𝗱𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝐄𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮 𝐌𝘂𝗻𝗱𝗶𝗮𝗹, 𝗼𝗻𝗱𝗲 𝗽𝗹𝗮𝗻𝗲𝗷𝗮𝘃𝗮...