seus longos cabelos castanhos

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eric gostava do cabelo grande de beomgyu, gostava de como os fios sedosos se emaranhavam entre seus dedos quando enchia a mão deles e trazia seu rosto delicado para perto. amava enroscar os dedos nos fios da nuca e sentir beomgyu tremer sobre seu corpo, frágil e sensível.

o cabelo grande de seu namorado tornava o rosto dele ainda mais angelical, seus fios acastanhados beirando ao ruivo quando beijavam as bochechas rosadas davam o uma imagem de garoto inocente que eric simplesmente amava. ele amava a ideia de ser aquele quem destruía toda aquela inocência com seus toques maliciosos e sujos.

seu namorado era lindo, com um corpo que parecia ter sido esculpido especificamente para ele, para ser usado e explorado por suas mãos. eric não se importava com o que tinha entre suas pernas, ele adorava seu corpo por completo, até as partes rosadas e consideradas extremamente femininas. mas eric não gostava do olhar dos outros, não gostava que não fosse o único a ter esse pensamento, odiava que outras pessoas olhassem para ele.

para o seu beomgyu.

ele sorriu, puxando mais o cabelo entre os dedos. beomgyu era tão lindo, com o rosto vermelho e os olhos brilhantes em lágrimas que ameaçava manchar suas bochechas, implorando para que parasse e soltasse seu cabelo com uma voz fraca e sôfrega.

queria destruir aquela face, arruinar dela com as próprias mãos e lábios, beijando aquela boquinha vermelha que só sabia implorar e implorar para que não o machucasse. mas estava com raiva, não com raiva dele, claro, eric nunca poderia sentir raiva de beomgyu, mas sim dos olhares e flertes descarados que os outros lançavam na direção dele mesmo em sua frente. ele não sentia raiva de beomgyu, claro que não.

"quer que eu pare? por que não pediu pra aquele homem parar quando ele praticamente te comia com os olhos na minha frente? hein porra!" mas ainda precisava puni-lo, porque ele era só seu e devia saber disso.

puxou seu cabelo, trazendo ele para mais perto de seu corpo. tão lindamente, seu namorado caia de joelhos a sua frente com a cabeça inclinada para o lado sob seu aperto firme, choramingando docimente. ele era tão lindo, pena que fosse uma vagabunda ingrata.

"te dei roupas e uma casa, te acolhe quando seus pais te expulsaram e é assim que você me devolve? me traindo descaradamente?!" cuspiu as palavras em seu rosto, sua saliva salpicando o rostinho choroso que se contorcia por causa do puxão firme no cabelo grande.

beomgyu lhe devia tanto, que não poderia contar nos dedos o quanto deveria ser grato por sua ajuda. havia lhe pego nos braços e lhe prometido todo o amor do mundo quando o salvou das ruas após ele ter sido expulso da casa dos pais quando se assumiu, naquela época, eric só queria tudo de bom para ele. mas agora ele era uma vagabunda que se jogava para cima de qualquer homem que via, então ele tinha direito de estar com raiva.

porque eric só queria o bem para ele, pois sabia que nenhum outro homem o trataria da mesma forma quando soubesse sua verdadeira face, quando conhecesse a verdade por debaixo de suas roupas, entre suas pernas que eric amava tanto. estava só o ensinando, o disciplinando para que não se enganasse com todos aqueles caras que lhe jorravam elogios maldosos cheios de luxúria.

então veio o primeiro tapa, pesado e barulhento na bochecha macia e fofa que ganhava um tom especial de vermelho. beomgyu gritou, mesmo que já estivesse acostumado, familiarizado com a dor aguda e o zumbindo em seus ouvidos, ele ainda gritava como se fosse a primeira vez, em completo desespero e angústia.

os próximos tapas não perderam a força, o ritmo e nem o lugar do primeiro, marcando sua bochecha com os dedos asquerosos do homem em pé a sua frente. beomgyu gritava, babando em sua camisa e manchando o rosto com lágrimas pesadas que embaçavam sua visão. cada tapa era carregado de tanto ódio, tanta fúria que beomgyu só podia se perguntar onde estava aquele cara que um dia conheceu e lhe encantou pela forma genuína que tratava as coisas, que nunca se importou que ele não fosse perfeito e ainda assim abraçou todos os seus desfeitos.

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