Prólogo

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Alice

Sai da sala da diretora acompanhada pelo meu irmão, sorri para o porteiro e sai da escola...

Parei no semáforo e olhei de canto para o meu irmão, tamborilando meus dedos no volante. Ele estava jogado no banco do meu carro, em plena tranquilidade, como se não estivesse a poucos pés de ser expulso no fundamental.

O caminho foi tomado por silêncio de ambas as partes, exceto por um único momento em que discutimos, porque ele não queria ouvir Taylor Swift, mas eu mandei o velho e bom argumento "O carro é meu, e eu sou a motorista" e fiz uma leve ameaça de largar o volante.

Coloquei minha digital na maçaneta e abri a porta do meu apartamento. Larguei minha bolsa no armário da entrada e tirei meus saltos.

- É Então? - perguntei com os braços cruzados.

- Ele me provocou - ele disse.

- Clássico, nunca é sua culpa né - eu disse irônica - Na escola não existe isso de ele me provocou, em casa a gente se resolvia, mas na escola você precisa se controlar, ninguém é sua irmã do meio para ficar aguentando seus desaforos.

- Ele estava de papo com o amigo dele, falando da minha aparência, eu perdi o controle e fui para cima dele - ele disse, continuei olhando séria para ele, mas compreendi a situação.

- Entendi, mas se alguém fala mal da sua aparência você deve ir a diretoria, bullying não é correto, é se precisar fala comigo, nessa sua idade muitas vezes a direção não leva esse assunto a sério, então vem falar comigo, eu ajudo você - eu disse, ele sorriu.

- Tá bom, não vou fazer isso denovo - ele disse e se jogou em uma cadeira na cozinha.

A porta se abriu atrás de mim, me virei um pouco assustada. O Pietro estava parado, completamente suado, fitando meu irmão, um olhar assustador de ciúmes.

O Noah estava atrás dele com um sorriso que dizia "ixih!", ele saiu de trás do Pietro e foi para o apartamento deles. O Pietro entrou no apartamento e fechou a porta atrás dele.

- Quem é esse? - ele perguntou com uma voz grave, eu dei risada, ele me olhou confuso.

- Meu irmão caçula, não ajuda muito ele ser mais alto que eu, mas relaxa, é só meu irmão - eu disse - por que com os outros você não reagiu assim? - eu perguntei rindo.

- Irmão... irmão caçula - ele disse e colocou as mãos na minha cintura - Irmão, sua pergunta... porque eu ainda não era seu namorado - ele disse.

- Aham sei - eu disse e dei um selinho nele - Sem nem me conhecer direito você bateu inúmeras vezes no meu ex-namorado - eu disse.

- Eu fiquei confuso, outro cara na sua casa, você não tava brigando com ele... - ele disse.

- Se sentiu inseguro? - perguntei com os olhos pequenos.

- Um pouco - ele disse, eu dei risada, e beijei ele.

- Vai tomar uma ducha, e eu apresento vocês melhor - eu disse.

- Tá bom - ele disse.

- Quem é? - meu irmão perguntou.

- Meu namorado, Pietro - eu disse.

- Entendi, já tava na hora de desencalhar - ele disse, peguei minha agenda e joguei nele - Que isso, eu só falei.

- Desaforado - eu disse, ele deu risada.

O Pietro voltou do banheiro e sentamos na mesa de jantar. Fiquei olhando de um para o outro esperando algum dos dois falarem alguma coisa.

- A quanto tempo vocês estão namorando? - o meu irmão perguntou.

Mesmo com todos os problemas, vamos nos amarOnde histórias criam vida. Descubra agora