Prólogo

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Mei sempre fez muitos planos para o futuro e conseguiu realizar a maioria deles, tinha um bom emprego que a proporciona uma boa estabilidade financeira, um grupo sólido de amigos e um cabelo que parece estar sempre recém saído do salão. Só faltava encontrar o homem que passaria a vida ao seu lado, o que se mostrou o item mais difícil de sua lista.

Seu último relacionamento parecia que iria durar para sempre, eles moravam juntos e iriam completar três anos sólidos de um namoro feliz e ela esperava que ele a pedisse em casamento no dia do seu aniversário, mas tudo o que recebeu foi um par de chifres e uma ordem de despejo.

Porém, Mei Terumi jamais desistiria e era por isso que agora ela se encontrava andando de um lado para o outro dentro do banheiro de um restaurante no centro.

— É a primeira vez que to saindo com alguém depois do término e o cara tem a personalidade de uma porta! — Disse ela conversando com seu melhor amigo pelo telefone.

— Eu acho que você está exagerando como sempre faz. — Yagura respondeu e a Terumi poderia jurar que conseguia vê-lo revirar os olhos por trás da chamada.

— Estou falando seríssimo aqui, ok? — Mei expressou ofendida. — Que tipo de pessoa tem um posicionamento neutro em relação aos lados das Danças dos Dragões?

—  Como assim? Ou é time verde ou é time preto, não existe meio termo! —  O Karatachi falou parecendo compartilhar da indignação da amiga.

— Exato!. —  A ruiva disse um pouco alto demais, no mesmo momento em que uma mulher saia de uma das cabines e a olhou com uma careta. — Você não tem ideia do drama que eu to passando aqui, ta?

— Eu to te ouvindo reclamar faz uns cinco minutos. — Yagura pontuou irritado.

— Não to falando de você, mas de uma moça que acabou de passar e... —  Mei começou a explicar, mas torceu o nariz ao perceber. — Ai, nem lavou as mãos, aquela porca! Ainda acha que tinha o direito de me julgar!

— Eca, — seu amigo pronunciou igualmente enjoado. — Como você vai fugir daí?

— Me liga daqui a uns dez minutos, vou dizer que é uma emergência e sair correndo. — Ela pediu com um beicinho, mesmo que o outro não pudesse ver.

— Ta, ta. Mas, você vai ficar me devendo. —  Ele suspirou entediado, mesmo que no fundo não houvesse nada que não fizesse por sua amiga.

— Obrigada amigo, até daqui a pouco. — A Terumi falou, desligando o telefone e parando em frente ao espelho.

Até que ela estava muito bonita aquela noite, usando um vestido longo branco de mangas compridas, com um decote reto que valorizava seus seios e trazia sensualidade através de uma fenda lateral na saia. Era quase um desperdício gastar um visual desses em um encontro falido, mas até um chute no traseiro significa um avanço, ou algum outro ditado bobo.

— Desculpe a demora — Mei pediu, oferecendo ao homem um sorriso pra lá de falso enquanto se sentava de volta à mesa.

— Eu não sabia do que você gostava, então acabei pedindo com o mesmo molho que eu. — O homem apontou para o prato de camarões na frente dela.

— Não tem problema, eu como um pouco de tudo. — Ela deu de ombros indiferente, deixando o assunto morrer.

Foram os minutos mais longos de suas vidas, como se o mundo de repente ficasse em câmera lenta, enquanto os dois pareciam evitar olhar um para o outro como o diabo fugia da cruz.

— Você disse que trabalha como representante de vendas para uma grande empresa farmacêutica. — Rasa tentou puxar assunto, tão desconfortável quanto ela.

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⏰ Última atualização: Jul 31 ⏰

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