Terapia é para os fracos...

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O barulho do portão se trancando da sala é ouvido pelos dois que se encontram ali... Robet Keene estava algemado à mesa, enquanto Miguel se aproxima e puxa a cadeira para se sentar à sua frente.

Ele tira um gravador do bolsa e um bloco de notas e duas canetas... Tudo isso sendo acompanhado pelos olhos ágeis do detento, que acompanhou cada movimento do mesmo. Miguel suspirou e o olhou.

Miguel: acho que já me conhece... Fui informado de que queria que sua seção fosse comigo, que só diria o paradeiro dos corpos, se fosse comigo sua seção terapêutica! - Miguel estava claramente desconfortável... Apesar de querer muito que aquele cara completamente perturbado, mas Sã... Lhe dissesse o paradeiro dos corpos e o motivo do crime. - mas formalmente... Me chamou Miguel Diaz, sou terapeuta e fui designado para te fazer falar sobre como se sente com as vidas que tirou e Por que as tirou!

Robby: terapia é para os fracos... - ele se aproxima com o tronco, apoiando-se na mesa. Miguel estreita os olhos. - e sim, já sei quem é... E tenho certeza de que sim, você está louco pra saber sobre as vítimas e minhas razões.

Miguel: e você queria que fosse eu aqui, para me dizer... Certo?

Robby: sim! Então vamos lá... - ele volta a se reencostar na sua cadeira e solta um suspiro. - faça as perguntas!

Miguel: Sr Keene... Qual era sua ligação com as vítimas? - Keene revira os olhos entediados.

Robby: nenhuma!

Miguel: o que o levou a matá-los?

Robby: Hobby... Achei que seria um Hobby bem divertido! - Miguel fica em silêncio por alguns segundos.

Miguel: quanto tempo planejou fazer tudo isso?

Robby: não muito... - Miguel bufa, e larga a caneta na mesa irritado.

Miguel: pensei que queria falar... Mas se está só tirando uma com a minha cara, eu- - ele se levanta pra sair enquanto resmunga alto, mas para quando é interrompido pela voz de Robby.

Robby: eu quero falar... E só vou falar pra você, se você sair por aquela porta, as famílias das minhas vítimas NUNCA teram os corpos de seus entes queridos... E você nunca vai saber o motivo! - ele ergue uma sobrancelha.

Miguel: você está dando respostas curtas...

Robby: é porque você está agindo como um policial... Não como terapeuta, está fazendo as mesmas perguntas que eles. Eu não gosto deles... Vou lhe responder, se começar a fazer as suas perguntas! O que quer saber Miguel...?

Miguel volta a sentar, ele abre Novamente o bloco de notas e prepara sua Caneta.

Miguel: Sr Keene... - ele tira de sua pasta quatro fotos, todas de garotas mortas... As garotas que ele matou! Ele as colocou em sua frente, e Robby olha sem emoção. - você as reconhece?

Robby: sim, e você...? Reconhece alguma delas? - Miguel franze o cenho e olha as fotos confuso. - Eu aposto que uma delas sim... Impossível esquecer um rosto tão bonito assim! - Miguel força a garganta, e se concentrar em suas perguntas.

Miguel: você as escolheu? Ou foi aleatório...? E como se sentiu depois que as matou? - Robby sorri de canto, com a fuga dele de responder a pergunta.

Robby: foi a dedo... Escolhi cada uma delas, por um único motivo! Elas tem uma ligação que nem elas mesmas sabiam... E quando matei cada uma delas, eu senti prazer! Foi incrível sentir o sangue delas escorrendo pelos meus dedos... E acredite Dr Diaz, não sou nenhum louco! Sabe, eu penso muito antes de fazer... Mas a tentação foi maior, e tudo isso foi nescessário.

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