♙Capítulo 1♙ Histrião (s.m)

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AVISO: está fanfic é um dark romance, podendo conter gatilhos como agressão e abuso relacionado aos protagonistas, além de cenas explícitas de homicídio.

Boa leitura!

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O que de fato é o amor? Uma bela rosa com suas pétalas melífluas, um delicioso aroma que envolve os tolos, os fazendo cair em suas garras espinhosas que ferem a alma, dilacerando cada centímetro de um coração puro, que estava disposto a amar. Um coração tão puro, que jamais soube que algo tão grandioso caberia dentro de si. O amor se assemelha à morte, ambos sufocam suas vítimas até que não possam mais respirar, então vem os delírios, e quando se dá conta, um amante vivo está tão sem vida quanto um corpo desfalecido. Esse parece ser um purgatório, o meio-termo onde os corações mais acelerados e aqueles que já pararam de bater se encontram, oferecendo... corpos mortos e pensamentos acelerados, ou marionetes de um jogo que não parece ter fim.

Um belo devaneio invadia a minha mente naquela noite escura e fria no galpão, mas amor é uma palavra muito forte que me recusava a aceitar em meu vocabulário. Talvez ficaria melhor se substituído pelo ódio, ou pela... obsessão.

Internamente ferido e com a mente conturbada, criando metáforas que nem eu mesmo entendia, esse deveria ser o efeito delirante causado pelo cheiro forte de sangue que jorrava do pescoço daquele infeliz. Tirar a vida de alguém que não fosse Park Seonghwa não era uma possibilidade para mim naquele momento, afinal, prometi a mim mesmo uma pausa, mas ele me irritava tanto que fui obrigado a fazer algo para relaxar... eu não era o culpado por isso, ele sim. Aquele jornalista medíocre que a dias me infernizava, tirando minhas noites de paz, tudo porque ele queria se destacar descobrindo quem era o verdadeiro responsável pelo rastro de sangue no país.

Todos os dias acreditando estar perto de descobrir, achava no mínimo fofo da sua parte. Era de fato muito dedicado, isso eu não poderia negar. Mas achar que iria descobrir quem sou eu? Há anos vinha usando técnicas que me tiravam do foco, e certamente não seria um jornalista desleixado que iria me colocar atrás das grades. Ele só descobriria quando eu quisesse isso, até lá, poderia se considerar meu novo brinquedo.

Parei diante do corpo envolto pelo sangue, analisando o seu rosto abatido e cheio de rugas, contornadas pelos hematomas causados devido aos socos que o dei antes de enfiar a faca em sua jugular e o ver sufocar até a morte.

Satisfatório.

Ainda mais após ver ele implorar por sua vida, como uma criança desesperada. Mais uma vez vi alguém que tem tanto poder apresentar medo em seus olhos, eu causei isso, com minhas próprias mãos. O vi se debulhar em lágrimas, julgo ter sido o único momento em que de fato agiu com sinceridade. Daquela vez, sem um contrato ou qualquer valor para receber após tirar a vida de um miserável. Apenas o meu próprio ódio internalizado pelo vagabundo do meu vizinho, cansado de ouvir o choro desesperado de sua esposa enquanto era espancada diariamente.

Ajudei aquela mulher. E Seonghwa teria mais um furo de reportagem para se exibir no jornal da noite e relacionar diretamente a mim, crendo fielmente que descobriria minha verdadeira identidade em breve. Todos os dias o jornalista aparecia no canal de TV aberto, noticiando os grandes crimes, mortes, agressões, roubos e assédios. Park Seonghwa era essa pessoa, o maior jornalista criminal e investigativo do país, ele era conhecido por cobrir casos de alta relevância, e por alguma razão eu me tornei seu principal foco nas investigações. Mas talvez ele não fosse tão bom no que fazia, porque em semanas não chegou nem perto. Ou talvez, eu é quem seja muito bom no que faço!

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⏰ Última atualização: Aug 19 ⏰

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