CAPÍTULO 5 - YEJI PARTE 5

51 7 19
                                    

O prédio onde ficava o Grupo Namjoon era o extremo oposto da Company Inc.

Diferente do arranha-céu de aço e vidro no qual eu trabalhava diariamente, aquele edifício era de tijolos, tinha apenas quatro andares, e era rodeado por
árvores. Estacionei meu carro depois de passar com o guarda da entrada, que sorriu para mim agradavelmente e me entregou um crachá de visitante.

Entrando no prédio, outro guarda me cumprimentou e me disse que o escritório de Namjoon ficava no último andar, depois me desejou um bom-dia.

Minutos depois, uma secretária me levou a uma sala de reuniões, me deu uma xícara de café fresco e me disse que Namjoon estaria comigo em um instante.

Aproveitei o tempo para observar os detalhes da sala em que estava, mais uma vez impressionado pela diferença entre as duas empresas.

A empresa de RM era toda moderna. Os escritórios e a sala de reuniões eram decorados com arte — branco e preto era a paleta predominante. Até a arte era monocromática com bastante metal por todo lugar. Cadeiras duras e modernas, mesas com tampo de vidro e piso laminado — tudo frio e vago. Se fosse analisar por aquela sala, eu não estava mais no Kansas.

As paredes eram decoradas com painéis de carvalho, havia uma mesa de reunião oval de madeira rodeada por cadeiras de couro acolchoadas, e tinha um tapete alto e macio no chão.

Uma área aberta à direita abrigava a cozinha eficiente.

As paredes mostravam muitas campanha bem-sucedidas, todas emolduradas e apresentadas de forma graciosa.

Muitos prêmios decoravam as prateleiras.

Em um canto da sala estava o quadro de ideias. Havia rabiscos e ideias esboçadas nele. Aproximei-me, analisando os desenhos, rapidamente absorvendo a estrutura da campanha que eles estavam criando para uma marca de sapato.

Estava tudo errado.

Uma voz profunda me tirou das minhas reflexões.

— Pela sua expressão, eu diria que não gostou do conceito.

Meu olhar encontrou uma expressão divertida de Namjoon. Havíamos nos encontrado por causa da indústria algumas vezes, sempre educado e distante um aperto de mãos profissional e uma conversa breve foram as únicas interações. Ele era alto e confiante, com muitos cabelos grisalhos que brilhavam sob as luzes.

Mais de perto, a cordialidade em seus olhos verdes e o baixo tom de voz me atingiram. Pensei se o quadro de ideias não tinha sido deixado de propósitoum tipo de teste.

Dei de ombros.

— É um bom conceito, mas não é novo. Uma família usando o mesmo produto? Já foi feito.

Ele encostou o quadril na beirada da mesa, cruzando os braços.

— Foi feito, mas foi bem-sucedido. O cliente é Kenner Shoes. Eles querem conquistar mais clientes.

Assenti.

— E se você fizesse isso, mas só destacasse uma pessoa?

— Gostaria de ouvir mais.

Apontei o desenho da família, batendo o dedo no caçula.

— Comece aqui. Foque nele. A primeira aquisição deles: sapatos comprados por seus pais. Siga-o ao crescer, enfatizando alguns pontos pertinentes na vida conforme os usava: primeiros passos, primeiro dia de aula, escalar com amigos, praticar esportes, ir a encontros, formatura, casamento... — Minha voz sumiu.

Namjoon ficou quieto por um instante, então começou a assentir.

— O produto fica com você conforme cresce.

O contrato G!P Ryeji Onde histórias criam vida. Descubra agora