Capítulo 1

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Rebecca ...


E

ram por volta das 01:10 da manhã, Milena, Rika e Anne estavam bêbadas já não tendo mais consciência do que faziam ou com quem falavam. Ao contrário de mim, que estava achando aquele lugar um tédio, e não via a hora de voltar para casa colocar meu pijama e assitir a Netflix.

Sai da balada em direção de ar, paz e qualquer coisa que não tivesse haver com aquele lugar. E logo encontrei uma pequena sacada, iluminada apenas por um varal de luzes.

Senti o vento bater em meu rosto, aquela sensação inexplicável... Aquilo me trazia paz e ao mesmo tempo adrenalina de que algo grandioso estava prestes a acontecer.

-Olá. -Disse alguém a um canto sem iluminação. Consegui ver pela sua silhueta que ele tinha ombros largos, era alto e estava com um cigarro na boca.

-Oi. -Retribui, assustada ao perceber que não estava sozinha. -Hm, acho que deveria sair daqui. Me desculpa invadir seu espaço, apenas estava a procura de paz. -Eu falei, indo em direção a onde estava.

-Não precisa se incomodar pequena. -Ele disse, aproximando-se de mim. Até que consegui ver sua face. Ah meu Deus ele era lindo! Espera, o que eu estava pensando? Mal conhecia ele, apenas o via algumas vezes na facul...

-Espera, eu conheço você. -Disse com a voz fraquejando. -Você é o...Matthew?

-O próprio. -Concordou, dando uma tragada profunda em seu cigarro. -O que te trouxe num lugar como este a essa hora da noite pequena?

-Ah, eu apenas estava numa balada com minhas amigas. Que agora não faço a menor ideia de onde estão. -Disse gargalhando. -E você? O que faz por aqui?

-Não é da sua conta pequena. É melhor ficar fora disso. -Ele disse ríspido, olhando no fundo de meus olhos. Aqueles olhos castanhos, profundos, me faziam sentir coisas que nem eu mesma era capaz de identificar.

-Me desculpe e- -Ele me cortou, sem mesmo me deixar terminar de falar.

-Cala a boca. Sua voz me irrita. -Virou-se e foi embora, me deixando ali parada, sem saber o que sentir, fazer, pensar ou falar.

Depois desse "imprevisto", fui em busca de minhas amigas. Mas percebi que elas haviam sumido, até que recebi uma mensagem de Rika.

Toda vez era isso

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Toda vez era isso. Toda vez Rika ligava pro Ryan quando estava muito bêbada, ou estava chorando no meio da noite.

Ele a fez sofrer, ele me fez sofrer, e isso eu nunca perdoaria.

Confirmando com Rika que todas estavam segurança, fui pedindo um Uber no celular para ir embora. Até que Matthew veio em minha direção.

-Oi de novo. -Ele disse com um sorriso canto de boca.

-Oi..-Respondi ainda envergonhada daquela nossa cena.

-Vamos
-Para onde?
-Vou te levar para casa. Não precisa chamar Uber nem nada dessas coisas. -Arqueei as sobrancelhas, ficando surpresa com sua fala. Por que ele estava fazendo isso?

Bom, sem retrucar o segui, acenando com a cabeça em positivo.
Ao chegar ao carro, ficamos em silêncio, apenas o rádio que ficava Again de Noah Cyrus preenchia o vazio. Até que eu disse: -Pode me deixar na estação mais próxima, eu posso pegar o último metrô.

Sem dizer nada, ele continuou dirigindo. Isso é sério? Eu não fui clara? Ele não estava me ouvindo?

-Matthew, pode parar o carro, é aqui. -Apontei para a janela, indicando que estávamos próximos ao ponto.

Mas ele novamente não disse nada, apenas continuou olhando para frente e dirigindo.

-Matthew você me ouviu? -Respondi ficando sem paciência.
-Sim. -Ele disse, ríspido como na outra vez.

-Então porque não me deixou lá? Eu disse que queria descer. -Disse, sem perceber aumentei a voz. Quase gritando.

-Cala a boca porra! Você é muito irritante, eu não sei nem porque está aqui ainda. -Ele disse bravo.

Fiquei indignada com aquilo, ele que me pediu para ir com ele. Como ele..Ah, filho da puta. E foi nesse momento em que abri a porta do carro ainda em movimento e decidi que sairia por lá. Com o carro parado ou não.

-Porra Rebecca o que você tá fazendo? Volta agora pro carro! -Ele disse olhando para mim e para frente, tentando se concentrar nas duas coisas ao mesmo tempo.

-Me deixa sair daqui, agora. -Disse me acalmando porém com raiva em minha voz.

Mas ele não disse nada, apenas continuou dirigindo até às montanhas. O que ele queria lá? Comigo?

-O que estamos fazendo aqui? Era pra você me levar até minha casa, lembra?

-Da pra você ficar quieta pelo menos por um segundo? Eu não sei porque eu te trouxe até aqui, entre no carro, vamos embora.

Me direcionei para o carro, afivelando o cinto com urgência para sair dali.

Horas mais tarde..

Ainda não conseguia entender o porquê de Matthew ter sido tão gentil, e babaca comigo naquela noite. Bem, isso não tem importância, afinal, ele faria com qualquer um.

Ouvi um apito no meu celular, indicando que chegou uma mensagem.

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⏰ Última atualização: Aug 02 ⏰

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