Enquanto você se afastava do templo, o coração ainda acelerado, a sensação do toque de Sukuna permanecia viva em sua memória. A escuridão da noite parecia mais densa agora, como se o próprio ar ao seu redor estivesse impregnado com a presença dele. Seus pensamentos estavam confusos, divididos entre o medo instintivo e uma curiosidade perigosa que o atraía de volta para ele.
Você continuou andando, tentando afastar a sensação inquietante que Sukuna deixara em você. Mas cada passo parecia mais pesado, como se uma força invisível tentasse te puxar de volta. Não conseguia evitar olhar para trás, meio esperando vê-lo surgir das sombras novamente.
De repente, você ouviu um farfalhar nas árvores ao seu redor, e seu corpo se enrijeceu. Antes que pudesse reagir, sentiu uma mão firme segurando seu braço, puxando você com força para um canto escuro entre as ruínas.
"Eu não disse que poderia ir embora tão facilmente," a voz de Sukuna sussurrou em seu ouvido, o tom carregado de ameaça.
Seu corpo inteiro estremeceu ao sentir a proximidade dele, cada instinto te dizendo para fugir, mas você sabia que não tinha como escapar.
"Por que está me seguindo?" você perguntou, sua voz saindo mais fraca do que gostaria.
Ele não respondeu de imediato, apenas manteve seu aperto firme em você, forçando seu corpo a ficar próximo ao dele. Você podia sentir o calor que emanava dele, uma sensação que contrastava com a frieza do seu olhar.
"Você não é como os outros," ele finalmente disse, sua voz baixa e carregada de algo que você não conseguia identificar. "Você não tem medo de mim, pelo menos não do jeito que deveria."
"Eu sou apenas curiosa," você respondeu, tentando manter a compostura, embora seu coração estivesse batendo forte no peito.
"Curiosidade pode ser fatal," Sukuna murmurou, sua boca agora perigosamente próxima à sua orelha. "E eu sou o tipo de criatura que adora brincar com o perigo."
Ele se afastou um pouco, o suficiente para você ver o sorriso sombrio que pairava em seus lábios. Os olhos vermelhos dele brilhavam na escuridão, avaliando cada nuance da sua expressão.
"Você quer saber mais sobre mim, não é?" ele perguntou, quase como um desafio.
Você hesitou por um momento, sabendo que qualquer resposta poderia te levar para mais fundo na escuridão que Sukuna representava. Mas algo dentro de você, talvez aquela mesma curiosidade que ele mencionara, te fez assentir lentamente.
"Eu quero," você admitiu, sua voz baixa mas firme.
Sukuna sorriu mais amplamente, um sorriso que não era de conforto, mas de predador satisfeito por ver sua presa cair em sua armadilha.
"Muito bem," ele disse, liberando seu braço, mas permanecendo perigosamente perto. "Eu te mostrarei um pouco do meu mundo. Mas lembre-se, humana, uma vez que você cruzar essa linha, não haverá volta."
Com essas palavras, ele começou a caminhar para dentro das sombras, esperando que você o seguisse. Cada fibra do seu ser sabia que era uma má ideia, mas a atração pelo desconhecido era irresistível. Você deu um passo à frente, e então outro, seguindo Sukuna para o coração das trevas, onde o perigo e a fascinação se entrelaçavam de maneiras que você nunca poderia ter imaginado.
E assim, a noite que começou com uma exploração inocente se transformava em algo muito mais profundo e perigoso, uma jornada ao lado do rei das maldições, onde cada passo poderia ser sua salvação ou sua perdição.
