Helena Glinskaia estava com frio.
O decote do vestido era aberto demais.
As mangas eram curtas demais.
E, por fim, mas muito provavelmente o pior, havia o coque ridículo no qual seus longos cabelos estavam presos, deixando sua nuca totalmente à mercê dos ventos congelantes que vinham do Mar dos Lamentos e chegavam até a capital do império de Gregoriana.
Sim, criança, eu sei que você está confusa.
Sei que quer saber o que, em nome dos deuses, é o império de Gregoriana, o Mar dos Lamentos e, obviamente, quem é essa tal de Helena Glinskaia e por que te interessaria o fato dela estar com frio.
Acalme-se. Tudo se encaixará daqui algum tempo. Porém, você é apenas um mortalzinho curioso. Entenda que as coisas farão sentido quando tiverem de fazer.
Ah, e perdoe minha arrogância, por favor. É só o egocentrismo, meu amor. Coisinha normal entre deuses como eu.
Mas vamos voltar para nossa garota:
Helena até que gostava de vestidos.
Ela tinha certo interesse pelos tecidos coloridos, as texturas macias e lantejoulas brilhantes.
Entretanto, não estava tão acostumada a vestí-los.
Não era o tipo de roupa mais adequado para uma assassina. Entende, benzinho?
A saia longa e excessivamente rodada.
Os babados estupidamente exagerados.
As rendas e sedas frágeis demais, enroscando em qualquer coisinha...
Ah, não, vestidos definitivamente não eram nada úteis para garotas que matavam outras pessoas. Foi o que Frederik sempre disse à ela.
Por isso que, em seus aniversários,, ele sempre a presenteou com valiosos colares de pedras preciosas,
Caixinhas de música com bailarinas dentro feitas inteiramente de ouro e prata,
E até adagas cravejadas de diamantes.
Mas nunca vestidos.
E se Frederik Potemkin, o Senhor dos Assassinos, não a permitia usá-los, então Helena, sua fiel aprendiz, o obedecia.
Mas aquela noite era uma ocasião... Especial, por assim dizer.
O próprio mestre havia dito à nossa garota que ela devia fazer tudo que julgasse necessário para atingir seu objetivo.
Naquela noite, ela deveria matar o estimado e leal conselheiro do imperador.
E, se ela falhasse, seria o fim.
Primeiro porque se ela falhasse isto significaria que o conselheiro tinha conseguido pedir socorro aos guardas. E, se ele tivesse conseguido, isto significaria que ela terminaria a noite tão especial sendo rasgada pelas espadas de Prata Helenística dos guardas.
E, segundo, porque mesmo que ela saísse milagrosamente viva, se o conselheiro não morresse Frederik jamais lhe daria o precioso mapa para chegar ao Palácio de Gelo, a bela (e terrivelmente mortal) escola de assassinos que ficava do outro lado do Mar dos Lamentos.
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Notas da autora: essa história é totalmente autoral. Não é uma fanfic da Sabrina Carpenter KKKKK a capa só é sobre ela pq ainda não tenho uma capa fixa e eu adoro essa lock e a Sabrina KKKKKK szszsz
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O Guia de Helena Glinskaia Para Jovens Assassinas
FantasyHelena Glinskaia não queria ser a donzela de uma lenda antiga. Na verdade, se pudesse escolher, nossa garota preferiria ser a vilã. No entanto, ironicamente, o destino a colocou como protagonista nessa história aqui. *** Arabella Decorland tinha um...