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2 meses depois

Tudo que eu podia fazer em casa era comer algo e assistir Tv, mas eu precisava comprar algo pra comer. Não tinha muita comida e grande parte das coisas que tinham em casa estavam estragadas pelo tempo que eu não voltei, e eu não queria receber ninguém, pois entrei em uma crise que talvez nunca vá embora depois do que Cassandra fez comigo, me fez acreditar que eu podia ter uma família e ser feliz.. isso foi cruel.

Peguei o celular que Tony me deu para avisar sobre qualquer coisa, havia uma mensagem de Steve. Ele queria sair pra fazer alguma coisa e distrair a mente, mas eu não queria sair, na verdade a única coisa que eu precisava fazer era ir ao mercado. - Levantei e peguei minha roupa mais normal, peguei as chaves do carro e me direcionei até o elevador do apartamento, pra ir para o estacionamento

O estacionamento estava vazio, apenas carros. Não tinha ninguém por lá, então fui até meu carro e pelo vidro vi o reflexo de alguma coisa sobrevoando atrás de mim, virei pra trás de imediato e me assustei quando notei que era um robô do Tony me vigiando.

— Que porra é essa, pai? — Suspirei, aliviada.

— Apenas vendo se vai ficar tudo bem com você, estou preocupado. Você não veio nos ver desde que voltou. — Comentou através do robô.

— Tony eu tô indo no mercado agora, vou ver se eu passo aí pra falar com você. — Disse, entrando no carro.

Eu não entrei em contato com mais ninguém desde aquele dia, não era culpa deles, mas eu me sentia uma ameaça pra todos e me sentia ao mesmo tempo triste, por não ter tido o meu final feliz. - aliás - eu não podia nem morrer, pois morrer colocaria as pessoas que eu amo em risco. Eu me sentia perdida.

Fui de carro até o mercado e ao estacionar, escuta umas vozes de uns homens aparentemente cercando uma garota, não podia deixar aquilo acontecer. - desci do carro e fui até lá.

— Ei. — gritei para chamar a atenção dos dois homens que estavam ali.

— Olha, mais uma pra você. — Um deles disse, e vieram na minha direção. Dei um soco em um e um chute em outro, fazendo os dois cairem de imediato, com minha força. Fui em direção a menina que estavam cercando, ela estava caida então a ajudei a levantar.

— Tá tudo bem? Eles te machucaram? — perguntei e ela negou, me abraçando agradecida.

— Você é a Storm, eu te conheço.  — Ela sorriu. — Obrigada!

Sorri e olhei para os homens jogados no chão.

— Acho melhor chamar algum segurança do mercado. Eles logo vão acordar. — Apontei e ela concordou.

(...)

Fiz minhas compras e voltei pro carro, que lá estava Loki me esperando, aparentemente Tony andou fofocando onde eu estava. - E ele não planejava ir embora - abri as portas do carro com a chave e abri a mala para colocar minhas compras, ignorando por alguns segundos a presença de Loki ali, até ele falar o que ele realmente quer.

— Sério Anya? — Ele cruzou os braços sem entender o que estava acontecendo. — 2 meses, você não foi nos ver, ficou trancada em casa. E eu sei que essa foi sua primeira vez que saiu.

— Eu não tô legal, ta bom? — Fechei a mala e me apoiei na porta do carro, para falar com Loki. Tudo aquilo tava sendo muito difícil.

Mas eu estava sendo muito egoísta com todos que sacrificaram muito pra me trazer de volta, e principalmente com Loki que esteve comigo desde o começo e literalmente salvou minha vida. - eu estava sendo uma idiota - eu quero ficar bem, mas eu não consigo. Que merda eu estou fazendo com minha vida?

Daqui 5 dias seria meu aniversário, eu não tinha ideia do que era ter um aniversário até poucos dias e agora, eu estava tendo uma vida humana como eu sempre quis, mas isso não apaga todas as coisas ruins que eu fiz ou todo o mal que eu causei. - mas ver aquela menina me reconhecendo como heroína, me trouxe um pouco de ânimo.

Loki não sabia o que fazer, era a primeira vez dele lidando com sentimentos, sentimentos dele e sentimentos dos outros. O que tornava muito difícil a comunicação pra tentar me ajudar, mas ele estava tentando.

— Fizemos algo de errado? — Ele perguntou.

— Não, não é com vocês. — derramei uma lagrima. — É comigo, acho que eu sou ruim mesmo. Uma má pessoa. Nunca me perdoei pelas pessoas que matei quando tava com o Thanos nem pelo que fiz aos vingadores.

— Ei, olha pra mim. Eu traí meu irmão diversas vezes e agora que mudei ele me perdoou, estão me dando a chance de recomeçar. E eles estão fazendo o mesmo por você, aproveita sua chance. — Ele olhou pra mim. — E agora você é uma heroína, matar não é o foco mas vai fazer parte em algum momento.

Concordei com a cabeça e suspirei, ele estava certo por alguma razão.

— Vamos pra casa? — Ele apontou para o carro.

— Pra minha casa, eu ainda tenho que levar minhas compras...

(...)

— Tony, Luli e Sylvie ainda estão por aí. Eu já nem sei o que fazer com elas. Elas estão obcecadas por vingança.  — comentei. — Eu também estaria, no lugar delas, mas elas tem a chance de ficar livres e tão desperdiçando indo atrás da AVT. Sabe?

— E o que você pretende fazer?

— Cara, eu quero achar elas e convencer as duas a ficar. Como eu fiquei e mudei, né? — peguei um nacho que estava na mesa. — E eu quero mostrar pras pessoas que eu sou muito mais que só uma vilã que tentou governar por ganância.

— Acho que Loki também vai entrar nessa. — Wanda sorriu, estavam todos tendo uma reunião de comida para comemorar que finalmente voltei pra casa.

— Eu já deveria estar com boa fama desde que Asgard foi destruída. Mas Thanos apareceu e me matou, na verdade eu nem vivi isso. — Ele estava confuso — Eu fui pra AVT quando eu tava atacando Nova York atrás do tesseract.

— Pra você ver. — Carol cutucou Loki. — Então o que te fez mudar?

— Perceber que finalmente eu tinha me entendido com meu irmão e que eu morri por ele. — Loki disse.

— Senti saudades. — Thor olhou pra nós dois.

— Filha, eu preciso te mostrar uma coisa. — Ele levantou e me chamou, fui com ele até a sala onde ficam os trajes. No fundo da sala havia um traje roxo, belíssimo, era um sobretudo com capa, luvas e bota, feito com muito carinho pra mim, já que fazia tempos que eu estava sem meu traje e pra honrar meu nome como super heroína ele havia feito isso. — Espero que goste.

— Meu Odin. isso tá muito foda! — Dei pulinhos pela sala e fui até o traje para ver. — Obrigada Pai eu te amo!

— De nada, você merece. — Ele andou até o traje. — não tem tecnologia porque sei que você não precisa disso, mas é um dos trajes mais bonitos que eu já fiz. Só pra você.

Pulei no colo de Tony e o abracei, eu sentia como se ele fosse mesmo meu pai e nada mais importava. E eu estava louca pra usar isso!

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Esse é o traje :)

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Esse é o traje :)

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