Maldita festa

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Shin narrando:

Tinha acabado de acordar, feito minhas higienes vestido minha roupa de sempre, moletom preto, calça cargo e meu tênis de sempre.
Tinha pego meu celular, mochila e fone de ouvido para escutar enquanto ia para escola.
Pensei bastante se iria a pé ou de skate, acabei decidindo ir de skate.
Coloquei uma música e botei meus fones de ouvido, cheguei na escola bem rápido e já me apressei em guardar meu skate, tive que tomar cuidado para que meus melhores amigos não me vissem e começassem a gritar o apelido que eles me deram na frente da escola.
Eu tinha terminado de guardar meu skate quando sinto uma mão em meu ombro.

Eu: puta merda, que susto Vince!

Digo com a mão no peito olhando para Vince, o mesmo tem um sorriso em seu rosto.

Vince: O baixinho tava se escondendo?

Eu: esse apelido não! Você e a Julie não tinham nenhum apelido melhor?!

Digo irritado com o fato de ser um dos únicos adolescentes com 1,60 de TODA escola! E como se não bastasse sofrer bullying de um bando de idiota que não sabe nem quanto é dois mais dois eu sou obrigado a sofrer bullying dos meus próprios amigos.
Vince ri da minha cara e diz.

Vince: pra falar a verdade, não, e falando na Julie a gente começou a namorar então você automaticamente é nosso neném agora.

Ele diz e eu dou um sorrisinho pra ele.

Eu: então nesse fim de semana era com isso que você tava ocupado? E "neném" é minha rola!

Vince: sua mãe vai ficar furiosa se ouvir você falando palavrão!

Ele diz debochado e eu fico cada vez mais irritado, não sei até hoje como a gente nunca discutiu ou como nunca brigamos por nada, Além das briginhas de brincadeira.

Eu: Ô Romeo a sua Julieta tá vindo aí.

Digo e ele se vira para olhar Julie que vinha com um sorriso no rosto.

Julie: Então baixinho como foi o fim de semana?

Ele diz e eu logo fecho a cara por conta do apelido.

Eu: vocês não cansam não?

Eles se olham com um sorriso e dizem juntos um grande não.

Julie: Olha o papo tá ótimo mas eu gostaria de não perder aula então é melhor irmos logo.

Eu e Vince concordamos e rapidamente entramos na escola, sinto alguns olhares em mim, escuto também algumas pessoas cochichando.
É uma chatice ter que passar por isso todo santo dia, depois que me assumi gay meu mundo ficou de pernas pro ar, as pessoas já não gostavam muito de mim antes então não me afetou muito. Mas as coisas mudaram dentro de casa também... Não que as coisas fossem boas antes mas pelo menos minha mãe não me olhava com desprezo, desde que meu pai morreu ela tem me ignorado, ela diz que olhar pra mim faz ela se lembrar dele, ela não superou ainda.

Quando me assumi gay ela ela ficou muito agressiva, me bateu até eu não aguentar, e me deixou quatro dias sem comida, mas quando ela dormia eu saía pra casa do Vince pra poder comer e não morrer.
Ela passou a descontar toda a raiva dela em mim, toda a frustração e mágoa era descontada única e exclusivamente em mim.

Comecei a me cortar, ninguém sabe, e ninguém vai saber.
Eu uso isso pra aliviar a dor psicológica, sentir dor física me ajuda a me sentir vivo enquanto me mata lentamente.

Só tem uma outra coisa que me faz sentir vivo. Damon.

Presidente do grêmio estudantil, melhor aluno, bonito e legal.

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⏰ Última atualização: Sep 20 ⏰

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