RASTROS

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Capítulo 2: Rastros

A viagem até o local que Tadashi identificou como a última localização de Drayan foi tensa. Wayke, Mike, Sierra e eu estávamos concentrados, cada um mergulhado em seus próprios pensamentos. Ethan e Tadashi permaneciam na mansão Rostova, acompanhando tudo pelo rádio e pela câmera que usávamos. O lugar era distante, uma área rural abandonada, isolada e envolta em um silêncio quase sepulcral.

Quando chegamos, a cena era desoladora. Casarões antigos e destroçados pelo tempo, um vento frio e cortante soprava entre as construções em ruínas. O lugar parecia ter sido esquecido por todos, exceto por nós e pelas memórias que Drayan deixou para trás.

Wayke foi o primeiro a encontrar algo. "Aqui!", ele chamou. Nos reunimos ao redor de uma mesa velha, cheia de papéis antigos e cobertos de poeira. Eram documentos do antigo dono do lugar, nada que fizesse sentido imediato. Mas então, algo chamou a atenção de Mike – um rastro de sangue, seco e quase imperceptível, que levava para fora da casa.

Segui o rastro, meu coração batendo forte no peito. Lá fora, escondido em uma clareira, encontrei mais sangue e uma série de pegadas. Precisávamos de alguém experiente, alguém que soubesse lidar com esse tipo de situação. Peguei o telefone e liguei para uma amiga de longa data, Natalie, que tinha uma habilidade única para lidar com cenas de crime.

"Natalie, preciso de você", disse ao telefone. "Encontrei sangue e suspeito que possa haver um corpo por perto. Você pode vir?"

"Claro, Masha", respondeu ela com a mesma calma de sempre. "Estarei aí em breve."

Enquanto esperávamos, caminhei pela clareira com Sierra, tentando organizar meus pensamentos. Natalie chegou rapidamente, e sua presença era tranquilizadora. Enquanto ela coletava amostras de sangue e examinava o local, conversamos sobre os velhos tempos e colocamos as novidades em dia.

Pouco depois, Sierra e eu voltamos para a cidade. Durante a viagem, a atmosfera no carro estava carregada de tensão. "Masha, você acha que pode haver um traidor na família?" Sierra perguntou, olhando fixamente para mim.

"Sim, Sierra. Tenho minhas desconfianças sobre meu tio Filiph. Ele sempre invejou meu pai. E com Drayan fora do caminho, pode ter pensado que seria mais fácil tirar o resto de nós", respondi, sem esconder a amargura na voz.

Sierra franziu a testa. "Tenho um mau pressentimento sobre tudo isso. Pior do que qualquer coisa que vivemos no Afeganistão."

"Eu também", concordei. "Precisamos estar preparados para qualquer coisa."

Ao chegarmos na mansão, fomos direto encontrar Tadashi e Ethan. Sentados na sala de estar, discutimos os próximos passos. Precisávamos descobrir mais sobre Filiph e suas intenções. Depois de um plano inicial traçado, decidi que era hora de relaxar um pouco.

Em meu quarto, preparei um banho quente com espuma e me servi de uma taça de vinho. A água quente era um alívio bem-vindo para meu corpo cansado. Enquanto relaxava, pensava em várias estratégias. Se houvesse realmente um traidor na família, as consequências seriam terríveis. Precisávamos estar um passo à frente.

Escolhi um vestido vermelho com detalhes dourados e uma jaqueta que ia até os joelhos. Coloquei minhas luvas pretas, me protegendo do frio da Rússia. Estava pronta para o que viesse a seguir.

Charles entrou no quarto, todo arrumado. Sorrimos um para o outro e conversamos um pouco antes de descer para o jantar. No meio de tanta turbulência, ele era minha âncora, meu motivo para seguir em frente.

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— Então, Charles, você gosta de super-heróis? — perguntou Carolyna.

— Gosto sim! Meu favorito é o Homem de Ferro! — respondeu Charles, animado.

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