Prólogo: Carta Primordial

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Notas:

Antes de tudo, essa fic foi um pedido de uma leitora muito querida. Ela deu a ideia base e pediu que eu fizesse o resto e como eu poderia negar?

Além disso, será uma fic mais curta que o meu normal.

Espero que gostem e boa leitura!

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Carta Primordial: a carta antes da primeira


Nakahara Chuuya, com seus seis anos de idade, andava pelo corredor da escola já conhecida.

Só havia um problema: era o primeiro dia de aula. Até poderia estar na mesma escola, porém, a turma seria nova... mais ou menos, teriam colegas conhecidos, mas também teriam novos.

E Chuuya não tinha amigos. Era tímido... não, essa não é a palavra certa. Nakahara Chuuya não era tímido. Entretanto, seus pais detestavam sua personalidade e queriam muda-la a todo custo.

Claro, personalidades mudam, contudo, a essência continua a mesma.

Chuuya era agitado, adorava correr por aí, subir as coisas, mexer onde provavelmente não devia. Era bagunceiro, ou melhor, curioso, um aventureiro. Isso enlouquecia seus pais.

Então, tornou-se uma criança retraída, não demonstrando sua personalidade verdadeira e ficando quieto.

Esse era Chuuya, mesmo tão novo, tinha mais medo da rejeição do que do isolamento.

Se não soubessem sua personalidade, não seria rejeitado por mais ninguém, nem por seus pais.

E, bem, a educação no Japão é um tanto rígida, principalmente nas escolas e no trabalho.

No fim, realmente era complicado Chuuya ser ele mesmo.

Enfim, parou em frente a porta da sala, engoliu a seco, adentrando o lugar repleto por outras crianças.

Todavia, uma das crianças com certeza chamava muita atenção.

Um garoto moreno, seus fios pareciam ondulados, era algo diferente. Estava conversando com um grupo de crianças, falava alto, ria alto, ele não se importava. E o grupo seentretia.

Além disso, esse garoto ficava vagando por toda a sala, conversando com todos, sem excluir ninguém.

Chuuya ajeitou os próprios fios ruivos, que costumavam causar estranheza em seus colegas, e entrou. Preferiu ir para uma cadeira mais ao fundo, sentando-se lá.

E sem demora alguma o moreno escandaloso veio ao seu encontro, sentando sobre sua mesa, de frente para ele, abrindo um sorriso simpático. Era um garoto fofo.

—Gostei do seu cabelo, me lembra o do meu pai. –Foi a primeira coisa que o moreno disse, apontando para seus fios. —Seus olhos também são muito bonitos, azul é difícil de encontrar.

—Obrigado? –Respondeu incerto, era raro receber elogios de sua aparência.

Chuuya não sabia como reagir com aquele garoto. E aquilo fez o sorriso do outro aumentar.

—Certo, me chamo Osamu, Dazai Osamu. –Apresentou, sem tirar o sorriso do rosto. —Qual seu nome?

—Chuuya, Nakahara Chuuya. –Respondeu, usava um tom baixo para seu habitual, enquanto o outro não media esforço algum para ser o mais barulhento da turma, parecia não ter medo.

Admirador Não Tão Secreto-SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora