Capítulo 1

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A palavra Impulsivo significa agir sem refletir, de acordo com o que sente ou deseja no momento.

O indivíduo sempre terá uma tendência para agir repentinamente sem refletir ou pensar.

    "Impulso é como um sonho ruim que se transforma em amor, uma força irresistível que nos impulsiona adiante, mesmo quando tudo parece sombrio."

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   Tudo o que vejo é uma escuridão densa e sufocante. Meus olhos buscam desesperadamente por qualquer fresta de luz, mas encontram apenas o vazio. O ar antes tão natural, agora é uma ausência dolorosa. Tento respirar, mas meus pulmões se recusam a cooperar, como se estivessem presos em um pesadelo. A ansiedade aperta meu peito, seus dedos invisíveis apertando minha garganta. Sinto algo metálico e frio cobrindo minha boca, impedindo-me de gritar. É como se a própria escuridão tivesse vida, uma entidade malévola que me consome. 

Cada segundo é uma eternidade, e o desespero cresce dentro de mim como uma tempestade implacável. Quero lutar, quero escapar, mas estou paralisado. A escuridão é minha única companhia, e ela ri de mim, sussurrando que nunca mais verei a luz do dia. É como se o Mundo inteiro conspirasse para me afundar, e eu luto para respirar, para encontrar uma saída. Mas a escuridão me envolve, e a esperança escapa pelos meus dedos trêmulos. 

Sinto-me exausto, como se o próprio ar se tornasse denso. Minha visão embaça, e no instante em que recupero o foco, uma mão implacável me arrasta para as profundezas. 

E então, acordo.

Eu acordo em desespero, me sento em minha cama segurando meu peito com força. Meu coração estava acelerado, acompanhada da minha respiração desregulada. —M-merda.. - murmuro, percebendo que novamente tive o mesmo pesadelo.

Todas as noites, eu tenho pesadelos repetitivos com a minha infância e isso me atormenta e acaba tirando o meu sono todas as madrugadas, alguns chegam a me deixar com medo assim que desperto, mas nada muito grave. Por sorte, esse pesadelo foi o mais calmo do que o das outras noites. 

Respiro fundo puxando todo o ar em meu peito e solto, continuo repetindo isso repetidamente. Olho para a janela aberta e vejo a escuridão lá fora parecia se estender infinitamente, provavelmente faltavam duas horas para o amanhecer. Apenas alguns pontos de luz distantes perfuravam a escuridão, como estrelas solitárias em um vasto oceano noturno. O silêncio era profundo, quase palpável, e eu me sentia pequeno diante da vastidão do Mundo lá fora, um pequeno arrepio subia pelo meu corpo ao lembrar que eu estava sozinho naquele quarto escuro. Suspirei, desejando que o sono voltasse, mas sabendo que as próximas horas seriam minhas para contemplar a escuridão e esperar pelo amanhecer. 

Decido começar a preparar o café da manhã para a tripulação dos chapéus de palha. Geralmente quando eu desperto de madrugada, eu costumo caprichar ainda mais na refeições preparando coisas novas para o meu bando.

• • •

(6:27 da manhã)

Pego uma faca estendida na parede e começo a cortar os queijos para pôr nos pães. Era por volta de seis e meia, e eu estava fazendo o café da manhã para a minha tripulação. Como não dormi bem essa noite, eu estava meio sonolento. Sinto cansaço, os meros movimentos que eu fazia fatiando me deixavam com fadiga. Talvez seja o cigarro afetando o funcionamento do meu corpo, mas que se dane, eu não me importo.. Seria irônico se eu me importasse.

O local quieto e morto se preenche rapidamente com passos e vozes mornas de "Bom dia!".

—Bom dia, Cozinheiro - era Robin, me saudando com uma voz gentil. Ela foi a primeira a entrar na cozinha.

Madrugada impulsiva  | (Zosan/Sanzo) Onde histórias criam vida. Descubra agora