Eu não queria se quer vê-lo, estava suando frio de nervoso e quando estou assim não gosto de dialogar com ninguém e sei que qualquer coisa que eu disser irá ferir alguém como a mim mesma e irei me arrepender. Muita falta de senso do meu marido não ter ido na casa dos meus pais para simplesmente estar em um bar e com a presença de Miranda. Eu sinto muito as coisas e tenho visto que a aproximidade dela me incomoda muito e não quero passar essa insegurança para Petter, mas é o que sinto e ele tem que me ouvir e respeitar meus sentimentos. Ele chegou e veio se aproximando de mim no quarto. Eu estava em pé olhando para a janela pensando sobre tudo. - Emily, por que você saiu daquele jeito? Continuei em silêncio olhando para a janela. - Me responde. Vamos conversar. - Eu não estou com cabeça para conversar agora, Petter. Estou muito magoada. - Mas o que eu fiz de errado, amor? - Se aproximou mais de mim e demonstrando interrogação com a mãos. - Você simplesmente estava em um barzinho e até aí tudo bem, mas estava lá com a presença de Miranda, se recusou a ir nos meus pais por isso. - Digo e encaro o mesmo com cara brava. - Eu não sabia que ela iria, eu fui porque Ivan me chamou e você sabe que gosto de sair pra jogar, amor. Nunca tivemos problema com isso. - Nunca tivemos ate o ponto dela se aproximar de novo, isso me incomoda. - Miranda é uma grande amiga de infância e você sabe, porém me afastei porque você quis, pois nunca vi maldade na nossa amizade e nunca teve! - Mas eu vi, não gostava da amizade de vocês e você sabe muito bem disso, só peço que pare de ter contato com ela. - De novo? Emily, já estamos crescidos para isso. - Cansei de tentar te fazer enxergar, faz o que quiser. Após eu dizer, Petter saiu e foi para o banheiro e eu fui comer alguma coisa na cozinha para deitar. Deitamos na cama um virado de costas para o outro, estava um clima terrível e eu chorei bem baixinho. Acordei muito pensativa e decidi que depois do trabalho irei para casa da minha mãe ficar um dia lá para depois tentar uma nova conversa com ele e assim nos resolver. Petter me deu bom dia secamente e saiu para trabalhar e logo após fui também. Ir trabalhar com problemas em minha mente me atormenta, não fica um clima legal em lugar nenhum, minha sorte são meus alunos não estarem tão agitados hoje como de costume. Estava copiando no quadro, quando me vem um enjoo tão forte que fui às pressas para o banheiro sem conseguir ter pedido licença e avisado os alunos e chegando perto do vaso, vomitei. Me deu uma fraqueza que fiquei minutos sentada no chão do banheiro. Levantei e prossegui com a aula. Aguardei o recreio para notificar que não estava me sentindo bem e fui para casa. Tomei um banho e um remédio pra enjoo e liguei para Julie pra notificar a mesma. Ela insistiu para comprarmos um teste de gravidez e pra ser sincera até eu estou desconfiada de que eu esteja grávida, até porque fiquei uns dias sem tomar meu remédio pois esquecia. Me ajeitei e fui encontrar minha irmã no centro para podermos ir comprar o teste. - Será que vou ser titia? - Pergunta a mesma se animando. - Vamos saber daqui a pouco. - Digo sorrindo. Entramos na farmácia e em seguida fomos para a casa da minha mãe. Notificamos a mesma e ela nos seguiu até o banheiro. - Deixa eu entrar sozinha e já aviso vocês, tá bom? - Estou ansiosa, você não vai deixar a gente aqui plantada? - Diz Julie cruzando os braços. - Vai ser rápido sua boba. - Fecho a porta e fico aguardando um pouco nervosa, pois eu seria mãe de primeira viagem.
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