A primeira engrenagem

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Estado de Stalhlheim, capital do Reino de Unabhängigkeit.
Ano 1348 depois da queda do Reino Akmi.

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"É um lindo garoto!" A enfermeira sorriu para Sophia, seus olhos brilhando com simpatia, enquanto observava Sophia, que estava exausta e com o rosto pálido. Seus olhos estavam pesados, como se o esforço das últimas horas tivesse drenado todas as suas energias,

"Que estranho...? Ele não está chorando...?" O médico, de expressão concentrada e um toque de preocupação, examinava o recém-nascido com cuidado. Seus dedos, ágeis e firmes, seguravam a criança com cautela. "Deixe-me checar os sinais vitais." Ele avaliou a criança rapidamente, o esteto metálico pendendo de seu pescoço. "Respiração normal, batimentos cardíacos estáveis. Está tudo bem com ele, Sophia."

Sophia, ainda com o rosto contorcido pela dor do parto, fez um esforço para se acomodar na cama com lençóis brancos. "Eu achei que a segunda vez fosse menos dolorosa..."

"Liz, vá chamar Kaito." O médico falou com um tom que misturava eficiência e firmeza, enquanto limpava seus instrumentos com precisão. Suas mãos eram firmes, demonstrando sua experiência.

"Imediatamente, senhor." A enfermeira, com um leve sorriso, acenou e saiu rapidamente do quarto.

"Mais um menino que vocês tiveram, ein." Comentou o médico, enquanto retirava a máscara e a toca, revelando um homem na casa dos 30 anos com cabelo cor de pêssego e um pequeno cavanhaque. Seu rosto refletia uma expressão madura e cansada, mas também um toque cordial. "Espero que Iris e Olivier se deem bem com seus filhos."

O médico, Augusto Chevalier, era amigo de longa data do pai do bebê. Augusto havia se formado na mesma série que Kaito e Sophia, e sua amizade datava com Kaito estava da infância. Augusto, com uma filha de quase dois anos e um bebê de três meses, carregava um olhar de genuína empatia.

"Foi difícil escolher os nomes?" Sophia perguntou, ajustando-se para olhar melhor para o bebê.

"A Tehurasa não me deixou opinar então acho que ela já tinha na cabeça quais seriam os nomes." Augusto sorriu ao se lembrar, o brilho em seus olhos revelando um carinho sútil. Ele entregou o bebê a Sophia, suas mãos ainda quentes após o contato com a criança. "Pegue-o, está tudo bem com ele."

Sophia havia sido mãe há pouco tempo, 1 ano, 10 meses e 17 dias para ser exato. Mãe de um garoto, Hiyori Gaunt. Ela ainda se lembrava perfeitamente de como foi segurar Hiyori pela primeira vez. A sensação, o sentimento...
Mas dessa vez, havia sido diferente.
Essa criança...
Sophia limpou a testa molhada do bebê, cujas pequenas mãos estavam fechadas em punhos.
Ele não havia sorrido nem chorado ao ver o mundo exterior.
Diferente de Hiyori, que foi difícil ser acalmado, este garoto era a definição de silêncio.
A história desse garoto, pensou ela, estava destinada a uma vida amaldiçoada.

"A Liz está demorando... Não me diga que o Kaito desmaiou de nervosismo novamente? Vou chegar rapidinho." Augusto comentou com uma expressão de leve frustração, enquanto se dirigia rapidamente para fora do quarto.
Agora sozinha no quarto hospitalar com seu filho de sangue e alma, Sophia estava rodeada por um silêncio que parecia ainda mais profundo. O quarto, iluminado por uma luz suava que filtrava através das janelas, parecia imenso e solene.
Sophia não conseguiu demonstrar a emoção de felicidade que uma mãe normalmente sentiria.
Era normal para Sophia escutar sobre como ela aparentava ser apática ou fria, mas mesmo com o nascimento de seu filho ela não demonstrar emoção foi um sentimento vazio para a própria.

Um prequel de um futuro distante Onde histórias criam vida. Descubra agora