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Estado de Stalhlheim, capital do Reino de Unabhängigkeit.
Ano 1359 depois da queda do Reino Akmi.______________________
2.1
O Castelo de Glasberg, a joia de Unabhängigkeit, erguia-se no coração da capital como um símbolo de poder e beleza inigualáveis. Construído inteiramente de uma pedra translúcida e resistente, suas paredes brilhavam ao sol, refletindo o azul e as montanhas distantes. Os cidadãos de Unabhängigkeit diziam que Glasberg parecia flutuar sobre a cidade, como se suas fundações repousassem sobre as nuvens. Suas torres altíssimas e esguias, coroando a estrutural central, eram adornadas com janelas coloridas que projetavam mosaicos de luz no interior do castelo, criando uma dança de cores durante o dia. À noite, tochas e braseros iluminavam as torres, fazendo o castelo brilhar como um farol de cristal no meio da escuridão.
A entrada principal, um grande portão ornamentado com detalhes em ouro e prata, dava para um pátio amplo, pavimentado com pedras polidas que cintilavam sob a luz do sol. No centro do pátio, uma fonte majestosa, esculpida em mármore branco, jorrava água cristalina que parecia refletir as estrelas do céu. Ao redor, jardins meticulosamente cuidados floresciam em todas as estações, com flores raras e exóticas trazidas de todos os cantos do Reino.
Entretanto, o esplendor do castelo não parecia ser de alguma forma valioso para Ariadne. Para ela, as paredes reluzentes e os jardins exóticos eram apenas outra prova de vaidade e do excesso que permeavam a vida na corte.Caminhando pelos corredores de Glasberg, sua postura relaxada constrastava com a rigidez do ambiente ao seu redor. Sua atenção vagava, ignorando as tapeçarias finamente bordadas e as estátuas esculpidas com precisão. Vestida de forma causal, quase irrelevante, Ariadne parecia estar em um passeio sem rumo por uma praça qualquer, e não no coração do poder real.
Os servos que trabalhavam para a família real lançavam olhares furtivos enquanto ela passeava. Eles sabiam quem ela era, ou ao menos pensavam que sabiam. Mas a mulher que caminhava casualmente pelos corredores do castelo parecia não se importar com as reações que provocava.
Enquanto seguia em direção ao seu destino, Ariadne avistou dois garotos à distância, no corredor. Um deles, um jovem de aproximadamente 12 anos com cabelos brancos e olhos negros como a noite, vestia trajes casuais, mas de alta qualidade. Ele era o príncipe Andrews vi Kaiserreich, o filho mais novo do Rei Pervs. Andrews liderava o caminho, seguido por um outro garoto, um pouco mais velho, com aparência desnutrida e cabelos cinzentos. Suas roupas simples faziam-no parecer descolado ao lado do príncipe. Ariadne reconheceu o segundo garoto. Anakin, trazido ao castelo um ano atrás pelo príncipe Norland, o segundo filho do rei. De acordo com o relatório fornecido pelo príncipe, Anakin fazia parte do famoso grupo de mercenários da Confederação de Liebert, o Pentagrama da Avareza. Este grupo atuou fortemente na fronteira entre o Reino de Unabhängigkeit com a Confederação, o palco principal quando as duas nações travavam guerras. O príncipe Norland, junto com seus soldados, travaram uma batalha contra a organização criminosa no último ano resultando na vitória do príncipe e sua consolidação como herói nacional por terminar com uma organização que assolava o reino há décadas.