Capítulo único, assim como nossos descontroles emocionais

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Heeey

Vim com mais uma one desse casal que, olha, me conquistou antes do babaca do Bakugou resolver tomar vergonha na cara e virar gente 🥰

PODE CONTER SPOILER, mas tentei deixar o mais vago possível nas partes essenciais hehe

Espero que gostem, boa leitura!!!

🫀

Não batia.

Não estava batendo.

Seus olhos não desgrudavam daquele sangue todo o rodeando, dos olhos opacos e meio abertos, da boca destruída. Seu peito não se mexia. Ele não estava mexendo. Não estava respirando.

Izuko sentiu a cabeça fritar. Era como se tivessem desligado seu cérebro. Seu sangue ferveu como se tivesse dentro de uma chaleira e o One For All acionou sozinho. Ele gritou, mas não se ouviu. O grito rasgou sua garganta e sua visão ficou escura. Ele achou que tinha ido em direção ao loiro, mas sentiu que estava socando e chutando alguém, destroçando a pessoa sem nenhuma piedade.

Seus dedos doíam, ele devia estar massacrando seus próprios ossos de tanto bater em algo duro. Ele ainda estava gritando? Se sim, devia ser de uma raiva impossível de aguentar, poque ninguém ousava chegar perto. E ele não seria parado, não quando aquele filha da puta tinha matado Bakugou.

Sua pressão abaixou e foi como se o One For All tivesse sido desligado de um segundo para o outro. Ele girou o rosto, sombrio e cheio de sangue, encarando o professor, que o encarava com aqueles olhos secos e avermelhados, os cabelos erguidos enquanto o impedia de matar o assassino do loiro.

— Chega. – Ele mandou e Izuko não entendeu o que aquilo queria dizer. Seu cérebro gritava que ainda não era o suficiente. — Já deu, Midoriya. Se controle.

Izuko quis ignorar todos os olhares assustados e chocados em cima de si, mas conforme sua respiração ia se acalmando, os nós de seus dedos começavam a latejar mais. Ele se encarou, nunca tinha se machucado tanto antes, nem quando precisava salvar alguém. Ele tinha usado 100% da individualidade dada a ele para dizimar qualquer essência daquele cretino.

Seus olhos encararam seus amigos. Todoroki tinha o cenho franzido e Ochaco tinha as mãos na boca, horrorizada. Os heróis mais velhos estavam se dividindo em ajudar a salvar Bakugou e tirar Deku de cima do vilão.

Ele se afastou trêmulo, ainda olhando em volta perturbado. Isso não era atitude de herói, parecia ser o que todos pensavam. Izuko Midoriya sempre tentava salvar, sempre tentava trazer o vilão para o lado certo. Mas então nem deu chances a ele, ao ver o loiro estirado no chão.

Seus olhos foram depressa até ele. Bakugou ainda estava estirado no chão, Edgeshot estava em cima dele. Sua cabeça girou e ele tropeçou no próprio pé, tentando correr até lá. Mas sua visão voltou a ficar escura, talvez tivesse usado muito da individualidade, talvez estivesse esgotado. Talvez ver Katsuki Bakugou morto fosso demais para ele.

— Midoriya! – Todoroki gritou, correndo em sua direção quando ele simplesmente apagou, caindo no chão tão duro quando o loiro permanecia.

[...]

Tudo o que ele escutava, era os bips das máquinas ligadas a ele. Sua cabeça doía e ele sentia cada osso do seu corpo latejar. Abrir os olhos foi muito difícil, mas conseguiu, vendo All Migth nos pés da sua cama, o encarando sério.

— Jovem. – Ele o cumprimentou e Izuko grunhiu baixinho, tentando despertar de vez. — Precisamos conversar.

O coração do esverdeado deu uma disparada involuntária. Os últimos acontecimentos vindo como facada em sua memória. Ele se sentou depressa e já começou a arrancar todos os fios conectados em seu corpo, grunhindo de dor quando o acesso rasgou sua pele.

Até onde vai o seu amor?  - BakudekuOnde histórias criam vida. Descubra agora