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Crocodile chamou Doflamingo, o Alfa, enquanto mordia um pedaço suculento de carne, o cheiro dela invadindo o ar como um convite irresistível. Após engolir, ele se acomodou confortavelmente no colo de Doflamingo, sentindo o calor emanando do corpo do outro. Doflamingo olhou surpreso com a aproximação inesperada, um sorriso brincando em seus lábios.

— Sim, Croco?-- perguntou ele, intrigado, seu tom misturando curiosidade e um toque de diversão.

— Falta muito para chegarmos a Dressrosa? --Crocodile inquiriu, mastigando lentamente a carne, cada pedaço parecia ter um sabor ainda mais intenso à medida que a ansiedade crescia dentro dele.

— Estamos quase lá --respondeu Doflamingo, sabendo que a ansiedade de Crocodile era comum. Ele já conhecia bem o ômega e suas inquietações.

— Hmm... Poderíamos fazer algo a mais --sugeriu Crocodile, enquanto rebolava levemente em seu colo, provocando um torpor de prazer em Doflamingo.

— Ooh, Croco --Doflamingo gemeu, com um tom de desejo, sentindo uma onda de excitação.Encorajado pelo ambiente, Crocodile então saiu do colo de Doflamingo e se posicionou entre suas pernas, movendo-se com uma imperturbável sensualidade. Ele puxou a calça do Alfa para baixo e começou a lamber a glande, suas ações cheias de suave determinação, oferecendo suaves sucções que se aprofundavam gradualmente em um ritmo sedutor. Doflamingo, tomado pela sensação, perdeu a cabeça, começando a empurrá-lo para dentro da garganta do ômega, que se esforçou para engolir, mas logo se viu engasgando com a intensidade da ação.Até que, de repente, uma voz conhecida interrompeu o momento.

— Doflamingo! --gritou um desconhecido. — Donquixote! --a voz se tornou mais familiar. — Flamingo idiota!

Doflamingo acordou abruptamente, caindo da cama com um baque surdo, o coração acelerado pela súbita transição da senda dos sonhos à realidade.

— Crocodile? -- abriu os olhos, confuso e desorientado. — Que sonho foi esse?

— Chegamos a Dressrosa --informou Crocodile, sem perceber que ele ainda estava imerso no seu mundo de sonhos.Doflamingo sorriu amplamente, um brilho de satisfação surgindo em seu olhar.

— Sério? Meu povo me ama!

Enquanto Doflamingo se preparava para sair do barco, uma mulher de cabelos verdes e olhar vívido pulou sobre ele, envolvendo-o em um abraço caloroso. Ele recuou, surpreso, mas quando a reconheceu, seus braços se abriram, envolvendo-a em um longo abraço.

— Tava com saudades, Mingo -- disse a mulher, ao soltá-lo, seu sorriso iluminando o rosto.

— Também estava, Monet --respondeu Doflamingo, beijando sua bochecha suavemente, um gesto de carinho que não era raro entre amigos próximos.

Crocodile observava silenciosamente, mastigando um pedaço de carne, seus pensamentos vagando em meio à cena. Contudo, a tranquilidade foi breve, pois logo notou um jovem correndo em sua direção. Assustado, ele rapidamente começou a correr também, instintivamente.

— O que você quer, palhaço? -- perguntou Crocodile, encarando o rapaz loiro com uma expressão que mesclava confusão e curiosidade.

— A-Ain! Você me assustou! -- disse o jovem, corado, suas bochechas ruborizadas. — Meu nome é Doquixote Rosinante, mas pode me chamar de Corazón. Sou o irmão mais novo do Doffy.

Crocodile franziu o cenho ao ouvir isso. — Hm... Então por que você ficou correndo na minha direção? Não poderia simplesmente andar sem me assustar, palhaço? --perguntou, dando um leve cascudo na cabeça do jovem, ainda não ciente da impressão que causava.

— Aiii! Desculpe, não era minha intenção. Mas é melhor voltarmos, Doflamingo deve estar preocupado e ainda vai tentar nos matar.

Crocodile recordou-se de Doflamingo e da mulher que estava com ele. — Eu não quero voltar --disse, sentando-se em um banco próximo, cruzando os braços de forma teimosa.

Supposed DinnerOnde histórias criam vida. Descubra agora