Capítulo 1: Mikrokosmos

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Sempre sonhei em trabalhar no mundo da música, e quando surgiu a oportunidade de estagiar em uma empresa de entretenimento na Coreia do Sul, não pensei duas vezes. A vida cotidiana para estrangeiros aqui pode ser difícil, mas com muito esforço, consegui esse trabalho e mal posso acreditar que estou prestes a viver tudo o que sempre quis neste país.

Antes de contar minha história, permitam-me apresentar. Meu nome é Susan. Sou de uma família tradicional e típica do meu estado, onde valores e expectativas são fundamentais. Apesar de crescer em um ambiente saudável e ter um relacionamento tranquilo com meus pais, sempre me senti sozinha, como se não me encaixasse em lugar nenhum. Meu irmão mais velho era visto como um exemplo de responsabilidade e sucesso, recebendo a maior parte das atenções. Já o mais novo, por ser o caçula, recebia mais proteção e cuidados dos nossos pais, o que criou um ambiente onde eu, como filha do meio, frequentemente me sentia excluída.

Essa sensação de exclusão me levou a buscar refúgio em atividades que me permitissem expressar meus sentimentos e encontrar minha identidade. A música se tornou minha melhor amiga e escape emocional. Minha única memória feliz na infância era estar com meu avô. Ele me ensinou a tocar violão aos oito anos. Sentávamos na varanda, e ele pacientemente me mostrava acordes e melodias.

A música se tornou um meio essencial de expressão para mim, e eu sabia que queria transformar esse amor em uma carreira. Tocando ou produzindo, mas queria estar envolvida neste ramo. Quando surgiu a oportunidade de estagiar em uma empresa de entretenimento, foi uma escolha natural. A Coreia é conhecida por sua vibrante indústria musical, e trabalhar em uma empresa do setor me parecia a chance perfeita para me envolver diretamente com o que sempre admirei e explorar novas possibilidades para minha carreira.

Na escola sempre mantive bons relacionamentos e foi no início do ensino médio que conheci o Tiago. Ele era novo na cidade, sempre tentava se enturmar nos trabalhos em grupo, assim acabamos conversando mais e descobrimos uma conexão imediata através da nossa paixão compartilhada pela música. Rapidamente nos tornamos inseparáveis.

Quando Tiago decidiu estudar Relações Internacionais e fazer um estágio na Coreia do Sul, a ideia de estar longe dele foi difícil. Ele era meu único amigo, a pessoa que realmente me conhecia de verdade. Assim que partiu, prometeu que um dia me levaria para lá. E para cumprir essa promessa, trabalhamos muito para que eu pudesse mudar de país, e ele esteve sempre atento à busca de oportunidades que facilitassem minha mudança. Depois de meses de planejamento e preparação, conseguimos realizar esse sonho.
Com meu violão nas costas e o coração cheio de expectativa, deixei o Brasil e embarquei nessa aventura.

Quando surgiu a oportunidade de estagiar em uma empresa de entretenimento, foi uma escolha natural. A Coreia é conhecida por sua vibrante indústria musical, e trabalhar em uma empresa do setor me parecia a chance perfeita para me envolver diretamente com o que sempre admirei e explorar novas possibilidades para minha carreira.

Faz seis meses que cheguei. Ainda não falo o idioma fluentemente, mas consigo me virar. Divido com Tiago, um apartamento simples em Seul. É pequeno, mas acolhedor, conseguimos transformá-lo em um pedacinho do nosso país. É nosso refúgio, um lugar onde podemos relaxar e recarregar as energias. No início, sofri muito preconceito por ser extrovertida, mas com o tempo me acostumei e isso acabou não me afetando mais. Estar aqui me abriu portas incríveis, e agora estou diante da minha primeira oportunidade no ramo musical. Apesar das dificuldades e desafios, sinto que estou exatamente onde deveria estar, pronta para transformar meus sonhos em realidade.

No primeiro dia na empresa, senti uma mistura de nervosismo e entusiasmo. A jornada começou com uma série de reuniões e apresentações das equipes. Embora o ambiente parecesse tranquilo à primeira vista, logo percebi que era extremamente restrito. As regras eram rígidas, desde o comportamento interpessoal até o dress code, além de uma lista de proibições, como tirar fotos dos artistas sem permissão, evitar aproximações indevidas e compartilhar informações internas.

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