Solaria - A Alvorada da Guerra

ATO I - Reinado do Caos

Prólogo

Há anos, o Reino de Solaria era um farol de paz e alegria, governado por duas famílias nobres que, juntas, comandavam com justiça os outros seis reinos. As famílias foram abençoadas com o nascimento de dois meninos portadores de espíritos lendários, cujas presenças eram vistas como sinais de um futuro radiante e promissor. Contudo, essa era de ouro não durou.

Do fundo das sombras, um mal ancestral, há muito aprisionado, conseguiu romper suas correntes e se libertar. O caos e a destruição se abateram sobre a majestosa capital de Solaria com uma fúria devastadora. O esplendor da cidade e a grandiosidade do castelo foram obliterados em um piscar de olhos. As torres que antes se erguiam orgulhosas agora estavam reduzidas a escombros, e o coração do reino se tornou um desolado campo de ruínas.

O castelo, uma fortaleza de beleza incomparável, foi consumido por uma escuridão que parecia engolir toda a luz ao seu redor. As paredes outrora imponentes agora eram apenas sombras distorcidas, e os jardins exuberantes se transformaram em campos de cinzas e espinhos. O mal, entretanto, não foi completamente extinto. Ele permanece nas profundezas das ruínas, adormecido, mas ainda pulsante, esperando o momento certo para se reerguer.

Com o tempo, vilas humildes começaram a surgir ao redor das cinzas da antiga capital, os habitantes tentando reconstruir suas vidas em um terreno que carregava o peso de um passado sombrio. A capital, uma lembrança do que foi perdido, agora serve como um lembrete constante da fúria que ainda resiste, esperando seu momento para se libertar novamente. Mesmo nas sombras das ruínas, a promessa de uma nova era de trevas espreita, silenciosa e ameaçadora.

A alvorada da guerra está próxima, e com ela, a revelação de um destino que desafiará as esperanças e temores de todos. No horizonte, uma nova era se forma, marcada pela luta contra o mal que nunca deixou o reino em paz.