Fomos para dentro da escola em busca do bicho que andava por algum canto. Itadori é muito rápido, mais do que eu imaginava; em instantes, ele fica a uma distância considerável de mim. Quando saímos para a quadra, vimos alguém chegando e corremos para ajudar.
— Ei! Quem é você?! — Itadori toma a frente. — Precisa de ajuda?
— Não, não sou eu quem precisa de ajuda. São vocês! — Começo a analisar; ele parece ser um adolescente, 17 anos? Deve ser por aí. — Pera... estou sentindo algo. Ei, moleque, o que é isso no seu bolso?
— Do que está falando? Disso? — Itadori tira um objeto do bolso. Parecia... um dedo?
— Mas que porra é essa? — Pergunto com nojo. — Por que diabos você está com um dedo decepado? Ainda mais, parece que está apodrecendo, todo roxo...
— Quando você pegou isso?! — Pergunta o estranho.
— Enquanto eu estava correndo à procura do bicho, achei esse dedo no chão. — O estranho faz um movimento com a mão para que Itadori entregasse o dedo. Itadori hesita, mas entrega.
— Para começar, o que vocês encontraram não é um bicho, e sim uma maldição. Segundo, vocês não conseguem eliminar essa maldição...
— Por quê? — Pergunto, enquanto Itadori ainda está processando a primeira parte.
— Para exorcizar a maldição, vocês precisam ter energia amaldiçoada.
— E como conseguimos essa tal energia amaldiçoada? — Pergunta Itadori.
— Todo mundo tem, mas, para aumentá-la, precisamos passar por um risco de vida.
— Por que esse dedo é tão perigoso? Pelo jeito que você trata, parece bem perigoso.
— Ele é uma fonte de energia amaldiçoada, mas é muito perigoso. É um veneno mortal. Quem o consumir morrerá em segundos! — Ele dá uma pausa, pensando no que vai fazer. — Não tenho tempo. Vão, saiam daqui o mais rápido possível.Puxo Itadori pelo braço, e saímos dali. Quando estávamos chegando ao portão, escutamos um estrondo vindo da escola.
— Será que é certo deixá-lo lá? — Itadori parece relutante à ideia de ir embora.
— Foi o que ele fal...
Antes que eu possa completar, outro estrondo, acompanhado por um pequeno terremoto, agora mais forte que o anterior, interrompe minha fala. Minha preocupação aumenta, e a ideia de ir embora já não é mais viável. Vamos atrás.
Chamo Itadori, e ele me segue com um sorriso no rosto. Vamos até o terraço, onde a fumaça se espalha.
— Será que ele está vivo? Está tudo muito silencioso... — Pergunto, preocupada.
— Com certeza! Ele parecia forte, muito forte!
Quando estávamos chegando ao portão do terraço, escutamos gritos agonizantes que me causam um arrepio em todo o corpo. Itadori abre a porta com força, e a visão não é nada agradável: um bicho grotesco prestes a devorar o menino.
— Ei! Seu bicho de merda! — Itadori corre em direção à maldição e dá um soco de direita, mas não parece que a criatura sentiu dor; porém, solta o menino.
Corro até ele. Antes que eu chegue, ele faz um movimento com as mãos, parecia um ritual, sei lá. Mas continuo correndo e chego até ele, que desfaz o movimento.
— O que vocês estão fazendo aqui?? — Pergunta ele, cuspindo sangue.
— Escutamos os estrondos e viemos ver se você estava bem. Pelo visto, não muito.
Itadori desfere mais um soco na criatura, mas sem sucesso. Ela apenas o agarra pelas pernas e o lança em nossa direção. Consigo desviar a tempo, mas o menino não. Ele é levado junto com Itadori, deixando o dedo cair no chão. Pego-o por impulso, sentindo que aquela criatura está atrás do dedo.
Em segundos, estou prestes a ser engolido. Itadori não conseguirá me salvar, pois está desmaiado. O outro também não poderá ajudar, está debilitado e não consegue andar. Só me resta uma escolha.
— Para ter energia amaldiçoada, preciso consegui-la de algum jeito, certo?
— Não... Você não vai...
— Me responda!!
— Sim... — Ele responde com tristeza.
Pego o dedo e o jogo para cima. Itadori acorda na hora, e quando vê, grita meu nome, mas já estava feito. Engulo o dedo e rezo para que eu não morra.
— Existe uma chance, uma em um bilhão de... — Antes que ele complete, vários pedaços da maldição explodem, e eu estou no ar, parecendo um deus.
— Mas o que... — Itadori se surpreende. — Como? Não era um veneno mortal?
— Há uma chance em um bilhão de que ele renasça no corpo dela...
— Ele quem? — Itadori está muito preocupado.
— O Rei das Maldições, Ryomen Sukuna. O ser mais forte da era Heian, dos últimos mil anos, e com certeza o mais forte que existe nesse mundo.
— Ele é tão forte assim? Tão absurdo? E quem poderia enfrentá-lo, caso renasça?
— No caso... o Satoru...
— Estão falando de mim, por acaso? — Um outro homem aparece, cerca de 1,90m de altura, com uma faixa preta nos olhos. — Olha quem está todo arrebentado, Megumi Fushiguro!
— Sarcástico como sempre, Satoru Gojo. — Diz o menino, que agora sabemos ser Megumi.
— O que temos aqui? Talvez será uma luta legal, eu acho! — Satoru Gojo fala com entusiasmo.
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JUJUTSU KAISEN {Um prodígio}
FanfictionKim sempre foi uma menina acima da média, um físico sem igual, força sobre-humana assim como sua velocidade. É amiga de um estudante que acabou de perder seu vô, e que tem praticamente as mesmas habilidades que as suas. O nome dele é Yuji Itadori, u...