Pra mim foi um momento mágico, não por estar namorando, mas sim por ser o Dino e nada mais me abalava, porque eu tinha uma pessoa que me amava e cada vez eu me apaixonava mais por ele.
Cada dia, cada mês que se passava eu tinha certeza que tivesse escolhido a pessoa certa, até chegar o dia em que todas as borboletas do meu estômago morreram e tudo isso foi por água abaixo.
Estávamos no meu quarto assistindo o reality de namoro gay da Netflix, aonde os participantes ficavam ficavam confinados todos juntos em uma casa por trinta dias. Eu já tinha até meu casal favorito, e cada vez ficava mais emocionante com a chegada de outras pessoas na casa.
Me levanto para pegar mais uma garrafinha de coca e alguns docinhos que tinha deixado em cima da mesinha do computador e volto a deitar com a cabeça em suas pernas, coloco as balas ao lado do balde de com pipoca, pego o celular enquanto passava o resumo do episódio anterior, foi quando ele pegou a minha mão e deu um beijo suave no dorso e começou a falar tanta coisa que eu só prestei atenção na frase — Eu quero terminar.
— Que? — falei me levando do seu colo e me sentando direito olhando para seu rosto — como assim, terminar? Você tá querendo pregar uma peça em mim? — solto uma gargalhada e logo após pego meu celular com a intenção de me distrair, mexo alguns minutos e olho novamente pra ele, que agora está de cabeça baixa.
— Não é pegadinha Shun — ele pega novamente a minha mão, e ao mesmo tempo me levanto puxando minha mão contra o meu abdômen. — Vamos terminar.
— Você está mesmo falando sério, Dino Dante — digo seu sobrenome um pouco mais casual. — Você não deve está falando sério, porque? Não tô entendendo — minhas bochechas começam a corar, sinto o choro entalado na minha garganta.
Ele apenas me encara.
— Por quê? — lagrimas caem do rosto como se fosse uma cachoeira. — Eu... eu vou... — antes de terminar de falar, Dino pega suas coisas.
— Não tenho um porquê pra você agora, apenas espero que respeite a minha decisão. — ele apenas se vira e sai pela aquela porta, por aquela maldita, e aquela sensação de angústia toma conta de mim.
Apenas fiquei lá, sentado chorando, analisando o nada, apenas ouvindo o miado de Suzane Kinberlly Frost a gata de Lucas atrás da porta, era como se ela tivesse sentindo a minha dor.
[...]
Em quanto esperava Lucas sair do banheiro, era como se eu tivesse voltado a duas semanas atrás, ou exatamente desde o dia que conheci Dino, até o dia que ele me deixou, sem explicação do porque ele quis o término.
Não me lembro quase nada de ontem, só apenas vi Dino aos beijos com alguém, e depois disso eu apaguei.
— Estou pronto, vamos? — Lucas se vira pra mim, me tirando mais uma vez dos meus devaneios.
— Que? — Resmungo — Pronto pra que?
— Você não disse que ia na farmácia? Vou com você, tenho que passar na casa de um amigo que fica no caminho.
— Tá, deixa só eu passar um gel no cabelo, vai descendo, já te encontro lá em baixo.
Quando encontro Lucas encostado em um poste, ouço ele falando ao celular sobre uma festa que acontecerá hoje na casa de algum amigo dele.
Minha cabeça está explodindo, não consigo nem ouvir a palavra festa.
Ao chegar na farmácia, peço um remédio para dor de cabeça, pago e vou embora, sem procrastinar, só quero voltar para a minha cama.
— Vou indo — digo balançando a sacola com o remédio.
— Vamos por aqui, quero te apresentar uma pessoa.
— Apresentar? — digo com a testa franzida. — Eu só quero ir pra casa Lucas, minha cabeça vai explodir.
— Vai ser rápido Shun, depois você pode ir embora.
Apenas aceno com a cabeça, aceitando o convite.
Chegando lá, automaticamente Lucas me deixa de lado, para ir cumprimentar seus outros amigos, que estão em uma rodinha perto da piscina. Fico fascinado que o Lucas tenha outros amigos além de mim, não me gabando claro. É mais pelo fato de ele ser antissocial, assim como eu.
Lucas se aproxima, junto com um homem bem mais baixo que eu, o analiso bem, talvez ele tenha uns vinte e dois, vinte e três anos, com o corte de cabelo que deixa seus rosto mais belo, aqueles olhos feroz, usando uma bermuda branca um pouco acima do joelho, uma regata que deixa transparecer seu bíceps deliciosos.
— Shun, esse é o Dai.
Oii gente 💖 capítulo demorado né kkkkjkjjj 💖
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