cidade da desilusão

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Mallory esperou até às vinte e duas

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Mallory esperou até às vinte e duas.

Talvez Charles pudesse ter tido uma emergência ou um problema com o carro, talvez tivesse se machucado e estava no hospital, ou talvez ele só... Não quisesse ir.

Suspirando, Mall sinalizou para o garçom, pedindo a conta do único suco que tinha bebido, teve a impressão que as pessoas começavam a olhar para ela estranho, como se já soubesse que ela tinha levado um bolo.

Por que Charles não tinha vindo?

Ele tinha insistindo para esse encontro, ele tinha marcado. Como ele podia só não aparecer?

Mallory voltou para o hotel, conferindo o celular a cada minuto enquanto esperava por ao menos uma única mensagem de desculpas, mas não havia nada. Absolutamente nada. Charles não tinha mandando nada a noite toda e logo pela manhã, quando foi novamente conferir o chat, viu que ele tinha visualizado todas as suas mensagens anteriores, mas não havia nenhuma resposta.

━ Sou muito idiota mesmo ━ murmurou baixinho, soltando o ar enquanto escondia o rosto contra o travesseiro.

━ Bom dia, minha fada! ━ Mary exclamou ao adentrar o quarto de hotel. ━ Tá na hora da gente voar e... Meu Deus, você ainda está deitada! A gente vai perder o vôo!

━ Eu só preciso tomar banho e me vestir, já fiz minhas malas ━ avisou, sentando-se na cama.

Mary analisou a modelo por um momento, inclinando a cabeça levemente para o lado enquanto sua expressão assumia uma careta confusa.

━ O que aconteceu?

━ Não aconteceu, esse é o problema!

━ Ok, explique.

━ Ele não foi!

━ Charles não foi? ━ gritou, arregalando os olhos. ━ Quem esse bastardo pensa que é? Por que ele não foi?

━ Eu não sei, ele não respondeu minhas mensagens e não mandou nada, mas visualizou.

━ Que otário! Bem que dizem por aí que não se pode confiar nesses pilotos de fórmula um ━ murmurou baixinho, batendo as mãos logo em seguida. ━ Esquece ele, é só um cara que ainda por cima se veste mal. Se fosse o Henry Cavill eu ia entender o seu choro ━ resmungou, puxando o cobertor de cima da garota. - Tome um banho e se troque, eu vou fazer nosso checkout e vamos direto para o aeroporto.

Mallory revirou os olhos para a fala da amiga, assentindo enquanto fazia caminho até o banheiro. Charles tinha estragado completamente sua experiência de Paris.

Cidade do amor? Estava mais para cidade da desilusão.


. . .


━ Então, nós temos algumas fotos hoje, a noite temos que gravar aquele comercial, você vai ter uma folga no fim de semana.

Mary listou, conferindo o tablet enquanto soltava o ar e levantava o olhar para Mallory, que apenas assentiu para indicar entender.

Tinham acabado de pousar em Los Angeles, a garota agradecia pelas coisas em sua agenda naquele dia, porque pelo menos não ia querer ficar conferindo o chat com Charles a cada segundo em busca de uma mensagem.

━ Entendi, vamos direto para o estúdio, então?

━ Sim.

Mall assentiu, esperando o celular reiniciar enquanto fazia caminho até o táxi, quando finalmente o aparelho ligou, ela digitou a senha, esperando a internet conectar. E se tivesse acontecido algo com Charles? Será que ele estava bem?

Quase no mesmo instante, a notificação desceu, o celular vibrou com a quantidade de mensagens que chegou, até mesmo travando o aplicativo.

Charles_leclerc enviou 25 mensagens para você.


Mallory sentiu o coração disparar ao ver a notificação. Vinte e cinco mensagens? Ela quase não conseguia acreditar. Hesitou por um segundo, o dedo pairando sobre a tela enquanto milhares de pensamentos passavam por sua cabeça. E se ele tivesse uma boa razão? E se ele estivesse arrependido? Ou...

Mary, que estava sentada ao lado dela no táxi, notou o olhar tenso de Mallory fixo no celular e perguntou com curiosidade:

━ Tudo bem aí, Mall? O que foi?

━ Ele me mandou vinte e cinco mensagens ━ respondeu, a voz carregada de incredulidade.

Mary arregalou os olhos e imediatamente se inclinou para ver a tela.

━ Vinte e cinco?! O que ele disse? Ele tá doido? Não vai me dizer que você vai responder!

Ignorando a fala de Mary, ela clicou lentamente nas mensagens, torcendo para que Charles apenas tivesse um bom motivo.

AO VIVO E A CORES, charles leclercOnde histórias criam vida. Descubra agora