Tudo novo

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"Oi, Carol, me desculpa pela ausência. Tive um dia muito movimentado ontem e meu celular não queria ligar. Quero te contar tudo, mas antes preciso me arrumar para o meu NOVO EMPREGO. Me encontra no endereço que vou te mandar."

Carol acordou, pegou o celular para visualizar a mensagem que havia acabado de chegar. Assim que leu, ficou confusa.

"Novo emprego? Ué..." - Carol respondeu apenas "ok" e se preparou para a nova aventura de Natália, seguindo para o banho.Enquanto secava o cabelo e ajeitava a franja, Carol ficava pensando no novo emprego de Natália.

"Emprego..." - soltou uma risada pelo ar, achando a história engraçada e confusa demais. Natália some e reaparece com um emprego. Será que ela simplesmente esqueceu do que aconteceu?

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Na cafeteria

Natália chegou ao trabalho, e Carlos mostrou os lugares, incluindo onde estava seu uniforme: um avental marrom com alguns desenhos feitos à mão, provavelmente obra de Céu. Seu Carlos preparou o café e ligou o som. Começou a tocar "A Lua e Eu", de Cassiano. A rua ainda estava tranquila, sem muito barulho de carros, e poucas pessoas passavam. Aos poucos, alguns clientes começaram a entrar no café.

Seu Carlos conhecia o nome de cada um que frequentava ali. Muitos se sentiam sozinhos e iam ao café para trabalhar, passando o dia lá, apreciando a música em completo silêncio. Outros conversavam sobre o dia a dia, enquanto alguns apenas passavam rapidamente pelo lugar.

"Vem tomar um cafezinho, querida," - disse Carlos enquanto Natália terminava de atender uma cliente e seguia até ele.

"Opa, não sou de recusar cafezinho, hein... principalmente se é do mestre Carlos," - os dois riram e brindaram com suas xícaras de café.

"Você pode pegar café a hora que quiser, está sempre aqui neste bule branco. Coloco o nosso nele porque fica muito mais saboroso," - Natália sorriu e pensou em Carol. Seu coração até errava as batidas. Ela devia estar chegando ao local, e Natália estava ansiosa para apresentar tudo e mostrar seu novo mundo, um mundo que ela vinha descobrindo sozinha. Por muito tempo, Carol apresentou coisas novas e legais para ela, e agora era o momento de Natália mostrar as coisas incríveis que estava descobrindo.

Uma voz familiar soltou um "bom dia." Natália saiu correndo pelo café ao encontro de Carol. Abraçou-a, levantando-a pela cintura e rodando-a no ar.

"Bom dia, Carol! Ai, que saudade de você," - disse Natália, colocando o cabelo de Carol atrás da orelha e abraçando-a novamente, logo em seguida, deu um selinho tímido.

"Oi, eu também estava com saudade," - respondeu Carol, tímida, enquanto cumprimentava Carlos com um aceno de mão.

"Seu Carlos, essa é a Carol, uma das pessoas mais especiais que conheço," - disse Natália, olhando para Carol com um leve sorriso.

"Imaginei pelos olhos dela; quem tem olhos vibrantes combina com a natureza cheia de vida," - disse Carlos. As meninas ficaram surpresas e encantadas com a forma poética de seu Carlos elogiar.

"Que lindo, fiquei até com vergonha agora," - disse Carol, rindo timidamente, e todos riram junto com ela.

"Mas ele está certo, Carol. Seus olhos são vibrantes. Quando olho para eles, me sinto viva," - Natália disse, enquanto Carlos soltava um riso e, em seguida, voltava ao seu trabalho, murmurando: "Acho que está rolando um clima."

Natália puxou Carol e contou todos os detalhes sobre o trabalho, de como conheceu Céu e seu Carlos. Carol ouviu tudo com muita atenção, dando várias risadas durante a história, que Natália contava com muita expressão corporal.

Carol estava amando saber todas essas coisas boas e queria conhecer essas pessoas tão legais. Era bom ver Natália animada.

"Você vai amar a Céu, ela é muito legal, Carol," - disse Natália, sem fôlego, sentando-se ao lado de Carol, quase derretendo de tanta empolgação.

"Eu acredito que sim, já amei seu Carlos," - respondeu Carol, e as duas se abraçaram. Natália se levantou para fazer algumas coisas, enquanto Carol admirava as artes nas paredes do lugar. Natália já havia contado que eram de Céu, e Carol começou a sentir uma leve insegurança ao lembrar de todas as qualidades de Céu. A menina chega

"Olha, não trocou ainda esse All Star velho?" - Céu chegou provocando Natália, enquanto fazia cócegas em sua cintura. Natália pulava, tentando escapar dos dedos de Céu.

"Sai, garota chata, sai..." - Natália resmunga

"E aí, bonitona, cadê a Carol?" - Céu perguntou, enquanto as duas se viravam na direção de Carol. Natália apontou o dedo e disse: "Olha ali a obra de arte mais linda do mundo" — Céu empurra Natália e corre na direção de Carol.

A menina tinha um sorriso largo e cabelos curtos. Carol a odiou por dez segundos, mas logo percebeu que Céu era adorável de se ter por perto. Conversaram sobre teatro, filmes, música. A conversa durou mais de duas horas, e Natália seguia firme, revezando entre suas funções no trabalho e bater papo com suas garotas.

Carol anuncia que precisa ir resolver algumas coisas, e Céu choraminga por não ter mais a presença da doce Carolzinha.

"Ah, eu entendo que você tenha coisas para resolver, mas por mim eu ficaria até amanhã de papo com você" — Céu toca no ombro de Carol e solta um sorriso meigo.

Natália observa de longe e por um momento sente ciúmes, mas logo passa quando vê que Carol está a observando o tempo todo. Natália se aproxima e se senta ao lado de Carol. Céu se despede e vai até sua bicicleta para continuar seu dia.

"E aí, meu bem, você gostou da Céu?" — Natália pergunta com os olhos brilhando, morrendo de saudade e querendo que o dia termine logo para ficar pertinho de seu amor.

"Eu adorei ela, muito acolhedora" — Carol coloca o dedo na ponta do nariz de Natália.

"Mas eu gosto mesmo é de você, viu, coisinha?"

"Eu acho bom... Quando terminar aqui, queria passar um tempinho com você." Diz Natália

"Claro, vai lá pra casa. Minha mãe não volta tão cedo." Natália dá um beijo na bochecha de Carol e faz um joinha.

"Estarei lá, minha senhora."

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