7~A verdade

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Depois de muito tempo, finalmente o sangue para de escorrer pelo meu queixo. Minha cabeça ainda lateja, e me sinto meio tonto. A mancha de sangue de Jung demorou muito para sair. Quando a mancha saiu, eu vou para a sala do meu departamento, o qual está vazio, já que Shin e Kai foram resolver o caso sozinhos, "melhor assim.". Me escoro na minha cadeira, "a desgraçada ainda está com a minha arma...", eu suspiro, "que merdinha de vida que eu tenho.". Depois de uns segundos, uma mulher de idade entra na sala. Eu dou um pulo da cadeira, me ajeitando melhor.

- O MEU FILHO! MEU FILHO!

A mulher dizia em tom desesperado, com lágrimas em seus olhos.

- O que foi, senhora?

- MEU FILHO MAIS VELHO! MEU FILHO!

- Por favor, se acalme.

- MEU FILHO! MEU FILHO!

"O que deu nessa mulher?"

- O que aconteceu com seu filho?

- ELE SUMIU! SUMIU! MEU FILHO!

Eu me aproximo, segurando em seus ombros, olhando para seus olhos.

- Senhora, se acalme. Como ele é?

- Ele é alto, tem um cabelo cumprido e tem 34 anos.

- Mais alguma característica específica?

- Ele estava usando uma blusa verde, um jeans e um tênis branco. Por favor, meu filho...!

- Está bem, vou procurá-lo.

Eu anoto tudo numa caderneta e saio da delegacia. Indo para as ruas, muitos homens se encaixavam com as descrições, mas não era completamente, o que deixou muito difícil... Depois de duas horas procurando sem parar, eu entro em uma cafeteria, para relaxar um pouco e continuar meu trabalho depois.

Me sento na mesa, então um homem chega até mim.

- Você é detetive?

Eu não entendo, mas respondo:

- Sou sim, prazer.

- Um homem passou aqui agora pouco.

- E...?

- Ele é: - ele fala as descrições, as quais se encaixam no cara que eu estou procurando.

- Sério? E onde ele está?

- Ah, isso é complicado... - ele passa a mão no braço. - Mas ele foi para aquela região. - ele aponta para a direita da cafeteira.

- Ah, obrigado, senhor.

Eu pago a conta e vou até onde o homem havia dito. Era praticamente um beco, o que me chama atenção. Eu entro, mas era comprido e ficava cada vez mais escuro. Mas uma porta nos becos estava com uma luz que vinha de dentro. Não havia nenhum barulho, também percebo que a porta está destrancada. "Isso seria burrice...", suspiro, "mas pode ter algo." Eu abro a porta.

Assim que eu abro, arregalo meus olhos, levando minhas mãos até a boca. O filho daquela senhora está morto no chão, mas não tem odor. A porta atrás de mim se fecha, aparecendo um homem robusto, careca e com várias tatuagens, realmente um malandro. Ele tem um bastão de beisebol no ombro.

- O que faz aqui, moleque? - diz o homem, sua voz é rouca, o que fez minha espinha se arrepiar.

- N-na-nada. - eu me engasgo com minhas palavras.

Ele vem se aproximando, até me encurralar na parede. "Que medo! Se eu estivesse com aquela maldita arma..."
Ele larga o taco no chão e põe uma de suas mãos em meu pescoço, me enforcando. Eu tento sair, mas sua mão é firme demais.

- Vai ter o mesmo fim daquele imbecíl. - ele faz uma pausa, depois continua. - Aquele seu irmão não morreu não, ele tá bem vivo com um tal de Min-ho...

Eu sinto minhas forças quase indo embora, então me lembro que tenho uma pequena faca no meu bolso da calça. Não penso duas vezes e tiro a faca. Movimentando rapidamente, eu corto seu pescoço. O homem recua, levando a mão até o corte. Eu caio no chão, de quatro, tossindo e ofegante.

Depois de uns segundos, o homem para de se contorcer, "talvez ele tenha morrido.". Eu me levanto, indo até o corpo. "Melhor não tirar conclusões precipitadas...". Me sento em cima do corpo e o ataco com a faca mais uma vez, mas ele não faz nada. Eu caio do lado do corpo, junto à um suspiro calmo. "Quase que eu morro...", eu franzi o cenho, "ele não morreu? Mas eu vi com meus próprios olhos... Impossível...! Mas, será?... Não! Isso é mentira! Esse cara quis mexer com a minha mente!". Eu me levanto, avistando os corpos. "A vida é uma merda mesmo... Mas morrer assim deve ser bem pior.". De repente, meu nariz começa a sangrar novamente. "De novo?". Agora escorre muito mais sangue do que antes. Minha visão fica ainda mais turva e minha cabeça dói ainda mais. Mas não demora muito até parar, o que foi estranho... "O que está acontecendo comigo...?"

𝐏𝐄𝐑𝐈𝐆𝐎 𝐄𝐌 𝐒𝐄𝐔𝐋: 𝒖𝒎 𝒄𝒂𝒔𝒐 𝒅𝒆 𝑺𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍 𝑲𝒊𝒍𝒍𝒆𝒓 1Onde histórias criam vida. Descubra agora