Capítulo 2: Planos e permissões

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Luca ficou pensando sobre aquilo durante todas as seis horas de aula

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Luca ficou pensando sobre aquilo durante todas as seis horas de aula.

Professora: "Jovem Zanella! Preste atenção na aula."

Luca: "Perdão, professora, não vai acontecer mais."

E adivinhem? Aconteceu milhões de outras vezes, mas isso não vem ao caso. No fim das aulas, Luca foi falar com Elizabeth sobre como iriam à cafeteria.

Luca: "Lizzy, então... Acho que não vai dar pra irmos à cafeteria. Meu motorista me mataria se soubesse que a gente pedisse pra ele nos levar lá agora."

Elizabeth: "Mas quem disse que vamos com o seu motorista?"

Luca: "A gente vai de jegue, é?"
- perguntou ironicamente.

Elizabeth: "Não, tonto!"
- disse ela, dando um leve tapinha na cabeça dele.

Luca: "Ai! Então, como a gente vai?"
- perguntou, colocando a mão na cabeça.

Elizabeth: "Ou a gente foge, ou eu peço pra minha mãe falar com o seu pai pra gente ir."

Luca: "Prefiro a segunda opção. Sua mãe é legal, e eu não sei andar na rua."

Elizabeth: "Eu sei, lembro quando a gente fugiu e você quase foi atropelado."

Luca: "Ai, não me lembra, foi horrível!"
- disse, fazendo drama.

Elizabeth: "Para, você nem foi atropelado! O carro só passou raspando."

Luca: "Nossa, meu coração quase parou, tá? E o carro rasgou minha luva favorita!"

Elizabeth: "Tá, tá, que se dane. Enfim, hoje você entra no seu carro tranquilamente e vive sua vida normal. Vou pedir pra minha mãe falar com o seu pai, e se der certo, te mando uma mensagem pra você se arrumar pro seu futuro marido. Aí a gente vai encontrar ele e vocês conversam."

Luca: "Futuro marido?! Não... Eu só... sei lá, mas não é futuro marido, entendeu?"
- disse ele, começando a ficar nervoso.

Elizabeth: "Não acredito, mas aceita ou não o meu plano?"

Luca: "Pode ser, mas e se meu pai não aceitar?"

Elizabeth: "Aí você foge."

Luca: "Tomara que dê certo, então."

Elizabeth: "Olha, Luca, seu motorista chegou."
- ela apontou para onde o motorista estava esperando.

Luca: "Ah, tá. Tchau, Lizzy."
- ele sorriu para ela, dando um pequeno tchauzinho com a mão.

Elizabeth: "Tchau, Lulu."
- ela devolveu o sorriso

Luca entrou no carro, e logo seu motorista falou:

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Luca entrou no carro, e logo seu motorista falou:

Motorista: "Boa tarde, senhor Zanella."
- disse ele, ajustando o retrovisor.

Luca: "Eu já te disse pra me chamar pelo meu nome, não precisa seguir tão seriamente as regras do meu pai."
- Luca falou, olhando pela janela.

Motorista: "Ok, senhor Luca."
- ele respondeu, começando a dirigir.

Luca: "Apenas Luca... Então, você sabe como está a agenda dessa semana?"

Motorista: "Amanhã sua agenda está mais tranquila: só tem a escola e, no final do dia, você vai com seu pai a uma sessão de autógrafos do novo livro dele. Quarta-feira, você tem escola, teatro, aulas de matemática, etiqueta e inglês. Quinta-feira, tem um teste para uma dublagem de um filme infantil, escola, francês, e à tarde vamos sair para comprar um presente para o aniversário do seu primo no domingo. Depois, você tem esgrima e jiu-jitsu. Na sexta, está mais livre: só escola, esgrima, teatro e francês. No sábado, a senhorita Elizabeth Williams vai passar o dia com você, e no domingo, tem a festa de aniversário do seu primo."

Luca: "Entendi... Você sabe se meu pai está em casa?"

Motorista: "Hoje ele está sim."

Luca suspirou, desviando o olhar da janela por um momento.

Luca: "Ótimo... Preciso falar com ele."

O motorista deu uma rápida olhada pelo retrovisor, tentando entender o tom de voz de Luca.

Motorista: "Algo em mente, senhor Luca?"

Luca: "Nada demais. Só queria saber se ele vai topar a ideia de a gente ir à cafeteria. Você acha que ele aceitaria?"
- Luca soltou a pergunta, sabendo que o motorista conhecia bem o temperamento de seu pai.

Motorista: "Bem, senhor, isso depende muito do humor dele no momento. Hoje pela manhã ele parecia bastante focado no trabalho."

Luca bufou, já imaginando como seria a conversa com o pai. Não era de seu costume pedir favores ou saídas que fugissem da agenda. Elizabeth, no entanto, sempre arranjava uma forma de convencê-lo a fazer algo inesperado. Ela era teimosa, mas divertida, e Luca tinha certeza de que sua companhia sempre tornava as coisas mais leves.

Quando chegaram à casa, Luca entrou pela porta da frente, encontrando o pai em seu escritório, envolto em papéis e livros. Ele deu uma batida suave na porta.

Angelo: "Entre."

Luca entrou lentamente.

Luca: "Pai, preciso falar com você sobre uma coisa."

O pai levantou o olhar por cima dos óculos de leitura, visivelmente curioso.

Angelo: "O que foi? Algo urgente?"

Luca: "Não exatamente. A Lizzy e eu estávamos pensando em dar uma passada na cafeteria amanhã, depois da escola... Eu queria saber se você concorda que a mãe dela fale com você para organizar isso."

Houve uma pausa. O pai de Luca se ajeitou na cadeira, claramente ponderando a questão.

 O pai de Luca se ajeitou na cadeira, claramente ponderando a questão

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⏰ Última atualização: Oct 06 ⏰

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