Capítulo 5🥀

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*6 anos atrás*

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*6 anos atrás*

Papai e mamãe estavam discutindo no andar de baixo. Eu nunca entendi direito o motivo, mas as brigas eram algo familiar entre eles. Papai sempre acertava seu rosto com tapas fortes e estralados. Eu sempre via, algumas vezes até me pegava contando quantos tapas e o espaço de tempo entre eles ele iria acerta-lá. Quando ele ficava transtornado, acertava mais tapas que o normal em um período menor de tempo. Era assustador…

Quando isso acontecia, corria para meu quarto, me perguntando por que eles não conseguiam ser felizes. Mamãe dizia que era só questão de tempo e que um dia tudo iria melhorar; ela não era muito boa com mentiras ou talvez eu só não fosse tão burro. Como de costume, corri para meu quarto e tranquei a porta. Mesmo sempre presenciando, eu tinha medo. As vozes altas e os gritos de socorro da mamãe me assustavam.

Às vezes me pergunto o que eu fiz pra merecer isso.

Me joguei em minha cama, abracei meu corpo, me cobrindo com o cobertor. Sempre fazia isso, era uma forma de me sentir seguro e abafar as vozes. Apertei meus olhos, tentando não deixar as lágrimas descerem, mas elas eram teimosas e insistiam em molhar minhas bochechas. As vozes lá embaixo estavam ficando cada vez mais altas. A voz grave de papai se sobrepunha aos gritos de mamãe. Nunca o vi tão bravo. Era como se um monstro feroz tivesse tomado conta dele.

Meu corpo deu um espasmo de susto quando um estrondo forte ecoou no andar de baixo, seguido de um silêncio assustador. Eu me encolhi ainda mais embaixo da coberta, esperando os gritos de raiva voltarem, mas eles desapareceram. Um grande ponto de interrogação brilhou em minha testa, era estranho. Será que eles se acalmaram e finalmente fizeram as pazes? Minhas lágrimas cessaram e a sombra de um sorriso brilhou em meus lábios, mas desapareceu rapidamente quando o silêncio começou a ficar longo demais e assustador. Eu ainda não sabia o motivo do estrondo e a curiosidade me consumiu.

Em um gesto rápido, saí de baixo da coberta e parei em frente à porta do quarto. Tentei engolir o nó em minha garganta, junto com a curiosidade. Algo sussurrava no meu ouvido que sair do quarto era uma má ideia, mas eu ainda estava tentando me agarrar à esperança de que eles tivessem feito as pazes. Talvez o dia que mamãe tanto falava finalmente tivesse chegado. Balancei a cabeça para me livrar daquela esperança boba. Esse dia nunca iria chegar.

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